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O mercado global de jogos digitais encerrou o ano com uma novidade vinda da China. O RPG Where Winds Meet, desenvolvido pela Everstone, transformou-se em uma das maiores surpresas da Steam ao atingir milhões de downloads pouco depois do lançamento. O título não apenas conquistou espaço entre os mais jogados da plataforma, como também ajudou a consolidar a presença da produção chinesa no circuito internacional.
Os dados mais recentes mostram que o game ultrapassou a marca de 4 milhões de instalações e acumulou um pico diário superior a 140 mil jogadores. O desempenho rendeu faturamento estimado em quase 30 milhões de dólares, segundo levantamentos de consultorias do setor. Os Estados Unidos lideram o ranking de downloads, enquanto o Brasil aparece logo em seguida entre os países onde a adesão foi mais rápida.
A aposta em uma narrativa ambientada na China do século 10, com vastos cenários e liberdade de exploração, reforça a tendência do país de integrar elementos culturais às suas produções. A estratégia ganhou força nos últimos anos, com incentivos governamentais para ampliar o alcance de produtos criativos que dialoguem com mitologias, símbolos históricos e estéticas locais.
O sucesso de Where Winds Meet soma-se a outras iniciativas que vêm despertando atenção fora da Ásia. Em julho, Wuchang: Fallen Feathers também figurou entre os lançamentos relevantes da Steam, alcançando centenas de milhares de vendas. No cinema, a animação Ne Zha 2 bateu recordes de bilheteria em 2025, enquanto colecionáveis como os bonecos Labubu expandem o mercado pop chinês para outros continentes.
Com projetos que circulam por diferentes segmentos — games, cinema, brinquedos e moda — a indústria criativa chinesa busca consolidar a ideia de “criado na China”, apostando na autoria como motor de influência cultural. O desempenho recente indica que essa virada não é apenas simbólica. Os números mostram que a China passa a disputar, de forma consistente, o protagonismo no entretenimento global.
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