Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el
A chuva é um fenômeno climático necessário para nosa vida, pois ela mantém rios, regula ecossistemas e molda padrões climáticos. Mesmo assim, continua cercada de curiosidades pouco conhecidas. Muitas delas passam despercebidas nas explicações simplificadas do ciclo da água que aprendemos na escola. Novas pesquisas mostram fenômenos surpreendentes, desde precipitações que evaporam antes de tocar o solo até o verdadeiro formato das gotas.
A seguir, nove descobertas que ajudam a enxergar a chuva com outros olhos.
1. Certas nuvens anunciam chuva com muita precisão
As nuvens cumulonimbus e nimbostratus geralmente indicam que a precipitação está próxima. São formações altas, volumosas e carregadas de umidade. Não importa se o resultado será uma pancada rápida ou uma tempestade mais forte. Já as nuvens cirrus, finas e brancas, surgem em altitudes onde a temperatura é baixa demais para que a água chegue ao solo. Mesmo quando há precipitação nessas alturas, ela evapora no caminho.
2. Em muitos lugares, a chuva evapora antes de cair
O fenômeno recebe o nome de virga. Ele ocorre em regiões muito quentes ou secas, como o Saara e o Atacama, onde as gotas desaparecem no ar. Também pode ocorrer em grandes cidades quando a umidade está muito baixa. Nessas situações, o radar aponta chuva, mas o chão permanece completamente seco.
3. A Terra conhece a chuva desde os primórdios
Estudos com cristais de zircão encontrados na Austrália revelaram isótopos de oxigênio ligados à presença de água doce quente. As análises indicam que as primeiras chuvas caíram entre 3,8 e 4 bilhões de anos atrás. Na época, o planeta ainda estava em formação e passava por intensa atividade geológica.
4. O lugar mais frio do planeta é também um dos mais secos
A Antártica recebe aproximadamente cinco centímetros de precipitação por ano. É uma média inferior à de muitos desertos quentes. No outro extremo do planeta, Cherrapunji, na Índia, está entre as regiões mais chuvosas, enquanto Arica, no Chile, registra níveis quase nulos de chuva.
5. O ser humano é responsável pela maior parte da chuva ácida
A liberação de dióxido de enxofre e nitrogênio pela queima de combustíveis fósseis combina-se com a umidade do ar e forma um tipo de precipitação altamente corrosivo. A chuva ácida altera o solo, afeta florestas e pode danificar estruturas urbanas. Em outros planetas, porém, esse fenômeno ocorre naturalmente. Vênus, por exemplo, registra chuva formada por ácido sulfúrico puro.
6. Correr na chuva realmente reduz o estrago
Pesquisadores analisam essa questão há décadas. A conclusão mais aceita é simples. Se você precisa atravessar uma área descoberta durante a chuva, correr reduz a quantidade de água que atinge o corpo. A vantagem é maior quando não há vento forte. Estudos recentes também apontam que pessoas mais baixas tendem a se molhar um pouco menos, embora a diferença seja discreta.
7. O cheiro da chuva tem origem no solo
O aroma que surge quando as primeiras gotas tocam a terra é conhecido como petricor. Ele está associado à geosmina, molécula produzida por bactérias do solo. Ao atingir a superfície, a chuva libera pequenas bolhas de ar carregadas de geosmina. É isso que cria o cheiro fresco e terroso que costuma despertar sensação de renovação.
8. A gota de chuva não tem o formato clássico de gota
O formato de lágrima que aparece em desenhos e livros não corresponde ao que ocorre na atmosfera. As gotas se formam como pequenas esferas. Quando começam a cair, o atrito com o ar pressiona a base e cria uma estrutura parecida com um pão de hambúrguer, arredondada na parte superior e achatada na inferior. A imagem pontuda se mantém apenas por tradição visual.
9. Alterações nos padrões de chuva acendem alertas climáticos
Eventos extremos se tornaram cada vez mais frequentes em várias partes do mundo. Chuvas fora de época, tempestades inesperadas e longos períodos de seca mostram que o comportamento da água na atmosfera está mudando. Para especialistas da Organização Meteorológica Mundial, a água funciona como um indicador sensível da crise climática. As variações recentes revelam um planeta cada vez mais instável. Com informações “Readers Digest”.
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar
