Amigos de longa data e admiradores foram prestar as últimas homenagens a Jards Macalé, velado no segundo andar do Palácio Capanema, no Centro do Rio, nesta terça-feira. O músico morreu na tarde de segunda, aos 82 anos, após uma parada cardíaca. O enterro está marcado para as 16h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.
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Companheiros de todas as artes, como os cantores Zé Ricardo e Emanuelle Araújo, e os artistas visuais Carlos Vergara, Xico Chaves e César Oitica estiveram entre os presentes.
Lembrando os shows da série “Dobrando a Carioca”, em 1999, na qual dividiu o palco com Macalé e Moacyr Luz, Zé Ricardo lamentou a perda:
— Nunca imaginei viver uma cena dessas. O Macau era pura alegria, sempre que estava muito sério ele dava um jeito de descontrair — lembrou o músico. — Na série, tive o privilégio de sentar ao seu lado. O que era para ser um único show durou meses, rodamos o Brasil todo. Aprendi muito ali.
Muito emocionada, Emanuelle Araújo lembrou que, há exatos sete anos, entrava em estúdio para gravar o disco “Quero viver sem Grilo: Uma viagem a Jards Macalé”, em que interpretou canções do músico.
—Macalé era meu amigo, meu irmão, mas, principalmente, meu ídolo. Era um herói meu e de muita gente — comentou a cantora. —Fico feliz de ver tanta gente jogando pro mundo o quanto ele era importante pra nossa cultura, pra nossa música e pra nossa cabeça pensante. Por isso, quis fazer essa pequena homenagem em vida.
