A mídia internacional repercutiu na manhã deste sábado a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal. A detenção ocorreu por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O americano “The Washington Post” destacou que a prisão ocorreu “dias antes de ele começar a cumprir sua pena de 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe”.
O jornal espanhol “El pais” apontou que “o ex-presidente de extrema-direita estava em prisão domiciliar há vários meses, após ter sido condenado em setembro pelo STF por liderar uma tentativa fracassada de golpe de Estado em 2022, depois de perder a eleição presidencial para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
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O argentino “Clarín” relembrou que a defesa do ex-presidente “havia solicitado ao STF que ele cumprisse sua pena de 27 anos de prisão em casa por motivos de saúde” na sexta-feira.
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A agência de notícias Reuters noticiou que a defesa de Bolsonaro “não deu uma razão para a detenção”. “Uma pessoa familiarizada com o assunto disse que se tratava de uma medida preventiva relacionada às condições de sua prisão domiciliar”, aponta a reportagem.
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A PF alegou risco para a ordem pública ao pedir a prisão e citou a convocação feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para uma vigília na noite deste sábado no condomínio onde Bolsonaro mora, em Brasília.
A prisão é preventiva e não está relacionada com a condenação pela tentativa de golpe de Estado. No caso da trama golpista, a decisão ainda não transitou em julgado, ou seja, ainda há prazo para a apresentação de recursos.
A PF não informou o motivo da prisão e, em nota, disse que cumpriu “um mandado de prisão preventiva em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal”. Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
A decisão estipulou que o cumprimento do mandado fosse feito sem o uso de algemas e sem “qualquer exposição midiática”.
Bolsonaro já foi condenado a 27 anos e 3 meses pela tentativa de golpe de Estado após a derrota na eleição de 2022.
A decisão de Moraes sobre o ex-presidente foi tomada após a decretação da prisão preventiva do deputado Alexandre Ramagem, também condenado na trama golpista. O parlamentar deixou o país e está nos Estados Unidos.
