O clima já não era dos melhores depois da ordem para atacar ministros da Suprema Corte na tribuna da câmara federal e agora parece estar pior ainda.
Os últimos dias da presidência estadual do MDB por Marcus Brandão tem incomodado a cúpula nacional da sigla. Pai do pré-candidato Orleans, Marcus aderiu a estratégia de pisar no acelerador e contrariar as orientações do presidente Lula – que já se manifestou contra a candidatura do sobrinho do governador Carlos Brandão.
Sem consultar as principais lideranças nacionais de seu próprio partido, a família Brandão decidiu antecipar em muitos meses o lançamento da pré-candidatura do inexperiente Orleans ao governo do Estado. Dada a fragilidade do candidato, que se sustenta apenas pela “força da máquina”, isto é, por dinheiro público usado para fins eleitoreiros, restou a Marcus Brandão fazer uma grande festa para deixar a candidatura “inevitável”.
Acontece que esta não é a primeira vez que uma candidatura sem apoio popular e baseado apenas na “máquina” e tenta criar um clima de crescimento, sem apelo eleitoral real. Afinal, todos lembram que um movimento muito parecido foi executado pelo ex-prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando Silva. No fim das contas, ciente de sua falta de votos, acabou desistindo da disputa na véspera das eleições.
Observadores de longa data da política nacional e também das eleições estaduais, as lideranças emedebistas avaliam o movimento como apressado e sem lastro eleitoral. Interpretam que a falta de lastro político e adesão eleitoral têm levado a família Brandão a expor todo o partido a uma candidatura pouco viável. As cenas dos próximos capítulos serão acompanhadas de perto pelo MDB nacional, muito além da espuma criada pela família de Colinas.
