O deputado estadual do Paraná Renato Freitas (PT) voltou a chamar atenção ao defender, de forma aberta, o uso da maconha e a legalização do cultivo no Brasil. A declaração foi feita durante a ExpoCannabis, realizada em São Paulo. Em entrevista à revista Breeza, Freitas disse que a criminalização da planta tem origem racista e criticou o que considera falta de sinceridade no debate político. “Eu não fumo cannabis, eu fumo maconha. Não sou canabizeiro, sou maconheiro”, afirmou.
O parlamentar também revelou que pretende criar uma associação para cultivar cannabis medicinal e atender pacientes em situação de vulnerabilidade.
A ideia, segundo ele, é que o trabalho seja feito principalmente por egressos do sistema carcerário. Freitas contou ainda que já tentou plantar maconha em casa, mas que a experiência não deu certo.
Ao comentar a postura de outros políticos sobre o tema, disse que muitos ainda têm receio de se posicionar.
Para ele, isso apenas mantém o debate preso a preconceitos antigos. Freitas afirmou que a legalização pode gerar emprego e renda e defendeu maior inclusão da população negra nos eventos e no mercado da cannabis.
As declarações foram dadas poucos dias depois de o deputado se envolver em uma briga com um manobrista em Curitiba, fato que viralizou nas redes sociais no dia 19 de novembro.
O parlamentar afirmou que foi vítima de racismo e que fraturou o nariz. A defesa do manobrista divulgou outro vídeo mostrando o início da discussão e a aproximação do deputado antes da troca de agressões.
Renato Freitas já protagonizou outros episódios de conflito. Em 2021, quando ainda era vereador, foi detido durante um ato político em Curitiba.
Em 2023, acusou agentes da Polícia Federal de racismo e truculência em uma abordagem no aeroporto.
No ano seguinte, teve o mandato de vereador cassado após participar de um protesto contra o racismo dentro de uma igreja, decisão revertida posteriormente pelo STF
