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Lambança no governo obriga Brandão a reconduzir Cappelli ao Conselho da EMAP

by admin

Que semana estranha em São Luís do Maranhão! Os últimos dias são de queimar a pestana da editoria de política, ou de rir. Começa com uma declaração de Marcus Brandão, o todo poderoso do governo, onde afirma que vê a reunião do grupo que levou seu irmão ao governo como “totalmente possível”.

Depois foi a entrevista do sobrinho do governador com discurso água-com-açúcar de “conversar no momento certo”, “nosso grupo” e etc… O mesmo léxico do tio. Hummm!!!

Mas as cantadas do dia 1º, reveladas no dia trazem raciocínios para o caldo. Primeiro, ou melhor, ao mesmo tempo a recondução do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Cappelli como Conselheiro da EMAP, a empresa que administra o Porto do Itaqui, bem como a recondução de Vinícius Ferro, Secretário de Estado do Planejamento e Orçamento.

Senão vejamos: Ricardo Cappelli, ex-secretário de Comunicação do governo de Flávio Dino, ex-interventor do DF, nomeado pelo então ministro da Justiça Flávio Dino, ou seja, nome ligadíssimo a Dino e, consequentemente, ao que sobrou do grupo, quando Dino se retirou da política. Então porque reconduzi-lo? E ainda mais: retroativamente!

O que ocorre é que o mandato dos conselheiros é de dois anos. E pelo jeito houve um vacilo na recondução destes, e não só de Cappelli. Foram reconduzidos também Vinícius Ferro, Carlos Brandão e Sebastião Madeira, todos com datas retroativas. O que se leva a suspeitar “que alguém esqueceu” da renovação do conselho e os membros estariam recebendo remuneração sem estarem legalmente nomeados. Mas não esqueceram de tirar do Sistema de Pagamento (SEI) de 2025.

Ricardo Cappelli, desde o governo Flávio Dino, encerrado em 2021, fazia parte do conselho da EMAP. Sua recondução, antes de ser um sinal de reorganização do “grupo”, mais parece uma correção daquele “esquecimento” da renomeação do conselho. Portanto, Cappelli é reconduzido juntamente com os outros pra não dar na vista.

Outros pontos

A nomeação de Vinícius Ferro, sobrinho do governador (por afinidade), não contradiz a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes que proibiu a nomeação de novos parentes no governo?

No cargo de Secretário de Estado pode, mas o Conselho da EMAP não é cargo político e está incluído na súmula do nepotismo, sobre a qual se firma a decisão do ministro, em relação a novas nomeações, desde que mandou retirar de cargos na assembleia e, em seguida, no governo, o irmão do governador Marcus Brandão, entre outros parentes.

Essa é mais confusão a ser explicada pelo governo. Essas reconduções, ainda mais, retroativas, além da questão da nomeação de parente.

E por falar em nomeação e recondução, inclusão no SEI, entre outras: já saiu a exoneração de Rubens Pereira e do Robson Paz? Eles estão trabalhando e recebendo?

Nomeações:

Créditos

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