A edição número 13 da Revista Liberta está liberada hoje para assinantes, mas também os não-assinantes poderão ter acesso a parte do conteúdo da publicação. O principal tema é a reflexão sobre que efeito terá nos militares a condenação de vários oficiais das pela tentativa de golpe no Brasil. Finalmente a caserna compreendeu que os fardados devem ser subordinados aos civis? O golpismo acabou?
Os professores Ananias Queiroga (doutorando em Ciências Sociais na Universidade Federal de Campina Grande) e Ana Amelia Penido (do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da UFRJ) escrevem sobre o tema.
A seguir, um trecho do artigo de Ananias Queiroga, “A ocupação militar do Estado e o risco à democracia”:
“(…) A escalada da presença militar nos governos Temer e Bolsonaro recolocou em risco pilares centrais da democracia brasileira, ao permitir que oficiais formados na ditadura ocupassem cargos estratégicos, influenciassem decisões de Estado e participassem – direta ou indiretamente – de ameaças golpistas, como a do 8 de janeiro de 2023.
Esse avanço silencioso da tutela fardada sobre a política expôs a fragilidade das instituições civis e reacendeu um alerta que o país acreditava ter superado desde 1988.
A militarização recente não apenas ampliou a influência de oficiais em áreas civis, como reacendeu o imaginário autoritário da ditadura e abriu caminhos para pressões, chantagens e participações diretas em episódios que feriram profundamente a ordem constitucional – culminando nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O avanço militar sobre o Estado foi articulado por uma elite castrense formada durante o regime militar, herdeira de valores autoritários e de uma visão política que vê as Forças Armadas como árbitro supremo da nação. Essa elite, altamente coesa, encontrou em Bolsonaro – também formado na ditadura e admirador confesso de estruturas repressivas – a oportunidade de reocupar espaços estratégicos e influenciar decisões centrais do Estado. (…)”
Outro destaque da revista é a chantagem que o Legislativo exerce sobre o Executivo para atingir interesses puramente fisiológicos ou que são mera demonstração de poder. Os jornalistas Heloisa Villela e Chico Alves abordam o tema.
Além disso, a Revista Liberta tem artigos de Jamil Chade, Luís Costa Pinto, Leonardo Boff, Marcia Tiburi, João Cézar de Castro Rocha, Adriana Ferreira, Manoela Miklos, o grupo de humor Sensacionalista, as frases da semana, a foto da semana e uma charge de Carvall.
A capa é de autoria do craque Fraga.
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