Manaus/AM (11/12/2025) – A gestão sustentável do pirarucu (Arapaima gigas) foi objeto de discussões neste mês de dezembro, em Manaus (AM), com participação de instituições e órgãos governamentais, institutos de pesquisa e representantes de comunidades tradicionais e povos indígenas. As reuniões ocorreram no âmbito do Programa Arapaima, instituído pela Portaria Ibama nº 22, de 20 de fevereiro de 2025.
O evento inicial tratou-se do primeiro encontro foi promovido pelo Comitê Técnico Permanente do programa, com participação de servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (Sema/AM), de representantes do Instituto Juruá, Instituto Mamirauá, Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Fonte Boa, Federação dos Manejadores e Manejadoras de Pirarucu de Mamirauá (FEMAPAM), Operação Amazônia Nativa (OPAN) e do Coletivo do Pirarucu.
- 15ª Reunião do Coletivo do Pirarucu ocorreu em dezembro, em Manaus (AM)
As instituições presentes debateram temas importantes, como a definição das instituições que comporão o Comitê e suas formas de atuação, aperfeiçoamento do trabalho de manejo e realização de monitoramento das contagens dos peixes realizadas nas áreas manejadas. Também foram apresentadas as perspectivas do Sistema Arapaima de rastreabilidade e o orçamento previsto para 2026 previsto para o programa.
Também houve a 15ª Reunião do Coletivo do Pirarucu. Na ocasião, um total de 70 representantes de associações, comunidades, instituições governamentais e parceiros discutiram desafios e oportunidades do manejo. As apresentações iniciais das associações revelaram dificuldades enfrentadas pelos manejadores em 2025 devido ao prolongamento da cheia, que atrasou o início da pesca com consequente prorrogação do período das autorizações pelo Ibama. O encontro abordou temas estratégicos como financiamento para manejo, participação em eventos nacionais e internacionais, como a Semana da Sociobiodiversidade e a COP30, e construção do conceito de sociobioeconomia junto aos povos tradicionais.
Um dos destaques foi a oficina sobre o projeto piloto de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do pirarucu, com proposta apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para debate e construção coletiva. Além disso, foram tratados assuntos como políticas públicas, governança, fiscalização, logística, gênero e juventude, pesquisa e comunicação.
As discussões reforçaram a importância da articulação entre governo, ciência e comunidades para garantir a conservação do pirarucu e de toda a biodiversidade associada e a valorização da sociobiodiversidade amazônica.
Em ambas as reuniões, o Ibama foi representado por equipes da Coordenação de Uso Sustentável da Fauna e da Biodiversidade (Cofap) e da Superintendência no Amazonas (Supes/AM).
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