A Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil se manifestou nesta quinta-feira, 11, em defesa da prática de fraturamento hidráulico (“fracking”) para exploração de gás de folhelo (“shale gas”) no Brasil. O método consiste na injeção de água e aditivos para retirar o gás que fica preso em rochas sedimentares.
Para o diretor João Henrique Lima do Nascimento, que representou o órgão em audiência pública no Superior Tribunal de Justiça (STJ), um possível veto à técnica no país criaria reserva de mercado para países exportadores de gás, como Argentina e Estados Unidos. “Se esta Corte decidir banir o fracking do Brasil, vai criar, não apenas para a Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo], mas também para a indústria de fracking dos Estados Unidos e da Argentina, uma reserva de mercado, porque hoje nós já importamos gases de lá”, disse.
A controvérsia em torno do fracking envolve acusações de que o método, usado desde 1947, apresenta riscos ambientais e de contaminação. Estimativas apontam que o Brasil tem cerca de 245 trilhões de metros cúbicos de shale gas que podem ser recuperados, o que posiciona o país entre as dez maiores reservas do mundo – a Argentina possui a segunda maior.
