O ator Samuel de Assis deixou os fãs em estado de alerta ao revelar que enfrentou um pico de pressão arterial recentemente. O episódio, segundo ele, aconteceu em meio a um período de forte estresse, e reacendeu o debate sobre como as emoções podem influenciar diretamente o funcionamento do coração.
Para entender por que situações emocionais intensas podem desencadear alterações perigosas no organismo, CARAS Brasil ouviu o cardiologista Dr. Raphael Boesche Guimarães, que confirma que pressão alta e estresse caminham lado a lado – e que até valores considerados comuns, como o clássico 12 por 8, já não indicam tranquilidade absoluta.
Quando o limite chega antes do sintoma?
O especialista explica que o famoso 12 por 8 não representa mais garantia de saúde plena. Segundo afirma:
“Diretrizes recente revelam que a famosa pressão 12 por 8 não é mais sinônimo de plena saúde, e sim um sinal de alerta de que o paciente pode melhorar. É o limite superior do ideal. Quando o corpo está em constante tensão, qualquer pequeno desequilíbrio pode acionar o sistema cardiovascular”, esclarece o médico.
Ele afirma que o estresse desencadeia a conhecida resposta de luta ou fuga, acionando mecanismos internos que pressionam o sistema cardíaco.
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“Em situações de estresse, o corpo libera hormônios como adrenalina e cortisol. Eles aumentam os batimentos cardíacos, contraem os vasos e elevam a pressão. É uma resposta temporária, mas quando se torna frequente, passa a sobrecarregar o sistema cardiovascular“, detalha o Dr. Raphael.
Como o corpo avisa antes do problema aparece?
Com o tempo, episódios repetidos de tensão podem tornar os vasos mais rígidos, abrindo caminho para hipertensão crônica, infarto e AVC. Mesmo assim, muitas pessoas minimizam elevações pontuais.
O cardiologista alerta: “Quando o paciente nota que a pressão sobe em momentos de ansiedade, estresse no trabalho ou preocupação, é fundamental buscar avaliação médica. Às vezes, o problema está começando ali, de forma silenciosa”.
Para ele, monitorar a pressão arterial – especialmente em casa – é essencial para entender o comportamento do corpo ao longo do dia, não apenas nas consultas.
“Manter a pressão sob controle passa por cuidar da mente tanto quanto do corpo”, reforça. Ele orienta incluir caminhadas, meditação e descanso mental na rotina: “A mente equilibrada ajuda o coração a funcionar melhor”.
O que muda na rotina?
O Dr. Raphael também chama atenção para o impacto do sono: “Dormir bem é fundamental. O corpo precisa desse tempo para se regenerar. Já o excesso de café e bebidas energéticas pode elevar a pressão e causar palpitações, especialmente em pessoas sensíveis”.
A alimentação segue no mesmo caminho: “Uma dieta equilibrada, com pouco sal e rica em frutas, verduras e cereais integrais, é uma aliada poderosa da saúde cardiovascular. Pequenas mudanças no cardápio fazem grande diferença ao longo do tempo”.
E reforça: consultas periódicas não podem ser deixadas de lado. “O fato de a pressão estar normal hoje não significa que o risco não exista. O ideal é realizar consultas periódicas e exames de rotina para detectar alterações precocemente”, destaca.
Por fim, ele lembra que a saúde emocional não pode ficar em segundo plano. “Quando percebemos sinais de sobrecarga mental, é importante buscar apoio psicológico. O coração sente o que a mente esconde. Aprender a lidar com as emoções é uma das formas mais eficazes de evitar picos de pressão e doenças cardiovasculares“.
O episódio vivido por Samuel de Assis expõe exatamente essa conexão direta entre emoções e coração. O médico conclui: “A pressão alta é silenciosa e traiçoeira. Muitas vezes, o primeiro sintoma é um evento grave. Por isso, não espere o corpo gritar, escute os sinais antes disso”.
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