No ano de 2022, Fabiana Justus revelou ao público o diagnóstico de meningite viral. Agora, a filha de Roberto Justus está totalmente recuperada e curada, mas à época a famosa desabafou sobre o quadro.
“Resolvi vir pro hospital. Estava desidratada e tomei soro e remédios pro enjoo e dor de cabeça! Fiz todos os exames e deu meningite. Eles me internaram até ter certeza de que não era a bacteriana. Graças a Deus, hoje saiu que é a viral! Ufa!”, disse a jovem no ano de 2022.
Opinião do médico infectologista
O Dr. Igor Maia Marinho, médico infectologista da Clínica Sartor, formado pela Faculdade de Medicina da USP e com residência médica em Moléstias Infecciosas e Parasitárias pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP),explica sobre o assunto.
A meningite viral é uma inflamação viral das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Diferentemente da meningite bacteriana, ela costuma ter evolução mais benigna e, na maioria dos casos, não deixa sequelas.
“Os vírus mais frequentemente envolvidos são os enterovírus, mas também podem causar meningite viral o herpes simples, varicela-zóster, vírus da caxumba, influenza e, em algumas situações, outros vírus respiratórios”, declara.
Quais são os sinais?
Os sintomas de meningite costumam surgir de forma aguda e incluem:
- Dor de cabeça intensa e persistente;
- Febre;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Rigidez na nuca;
- Sensibilidade à luz;
- Mal-estar;
- Em alguns casos, dor no corpo e cansaço extremo.
“Em adultos, a cefaleia costuma ser o sintoma predominante e pode ser bastante intensa, como muitas pessoas descrevem. Pode haver também confusão leve ou sonolência, e os quadros graves são menos comuns quando a causa é viral, embora também possam ocorrer”, afirma.
Dados que chamam a atenção
Segundo informações do Ministério da Saúde, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. O Dr. Igor Maia Marinho explica.
“No Brasil, os casos tendem a aumentar nos meses mais quentes, principalmente por conta dos enterovírus, que circulam mais no verão e início do outono. Já as meningites virais associadas a vírus respiratórios podem aumentar em períodos de maior circulação desses agentes, como no inverno”, afirma.
Existe tratamento
O Dr. Igor Maia Marinho aponta que cada caso é indivídual e exige acompanhamento com um médico especialista, mas esclarece sobre o tratamento.
“Não existe, na maioria dos casos, um remédio antiviral específico indicado, com exceção de situações particulares, como meningite por herpes simples, em que se utiliza a medicação aciclovir. O manejo inclui hidratação adequada, controle da dor e da febre, repouso e observação clínica. Muitas vezes o paciente precisa ser internado inicialmente para descartar meningite bacteriana e monitorar a evolução, bem como controlar sintomas mais intensos, mas a recuperação costuma ser completa em poucos dias a semanas”, finaliza ao analisar casos como da influenciadora.
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