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Maduro critica quem ‘vende a pátria por um Nobel’; Justiça dos EUA autorizou sequestro de petroleiro em novembro

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Em referência à líder da extrema direita venezuelana, María Corina Machado, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou “aqueles que vendem o país por um Prêmio Nobel”. A declaração foi feita na celebração do primeiro aniversário da Universidade Nacional de Ciências em Caracas, nesta sexta-feira (12). Na ocasião, Maduro incentivou os jovens a manterem “seu compromisso com o bem e com a pátria”.

“Estamos testemunhando o surgimento de um mundo multipolar, livre do colonialismo, onde há uma intensa luta entre modelos: a busca pela independência, liberdade, harmonia global e cooperação; e aqueles que aspiram a ser donos, governantes e imperadores do mundo”, declarou o presidente.

No discurso, ele reconheceu o trabalho do centro de ensino, seu compromisso com a nação e seus valores éticos, contrastando-os com “aqueles que vendem o país por um Prêmio Nobel ou mil outras coisas”. Corina, vencedora do prêmio sueco deste ano, já apoiou golpes e intervenção armada na Venezuela.

O presidente ainda exortou os estudantes a se envolverem com a dinâmica de suas instituições, onde possam colocar em prática o conhecimento recém-adquirido. “Estamos construindo a bela sociedade que nosso povo merece”, enfatizou.

Sequestro autorizado pela Justiça

Também nesta sexta-feira (12), um tribunal dos Estados Unidos divulgou a ordem judicial, fortemente censurada até então, que autorizou a apreensão de um petroleiro na costa da Venezuela, ação que Caracas denunciou como um ato de “pirataria internacional” e “roubo descarado”.

Ao contrário dos ataques em alto-mar contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas, que resultaram em quase 90 mortes desde setembro deste ano, esta operação, realizada na quarta-feira (10), foi acompanhada de uma ordem de apreensão. A Guarda Costeira dos EUA cumpriu a determinação, expedida em 26 de novembro, pouco antes de seu vencimento, segundo um documento de 32 páginas divulgado na última sexta, do qual mais da metade foi censurada.

O Departamento de Justiça afirmou que a embarcação, identificada como M/T Skipper e anteriormente chamada Adisa, era usada para transportar combustível sancionado “dentro de uma rede de transporte de petróleo que apoia o movimento islamista Hezbollah e uma unidade da Guarda Revolucionária iraniana”, ambos designados pelo Departamento de Estado dos EUA como “organizações terroristas estrangeiras”.

Washington também impôs novas sanções contra três parentes de Maduro e seis empresas de transporte marítimo que transportam petróleo do país sul-americano.

“O serviço de contrainteligência do FBI, juntamente com nossos parceiros, continuará aplicando as sanções dos EUA e bloqueando o acesso de nossos adversários aos mercados financeiros e à tecnologia crítica”, disse o diretor do FBI, Kash Patel, em um comunicado publicado na rede social X.

Na quinta-feira (11), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse a repórteres que o petroleiro apreendido seria levado para um porto dos EUA e que Washington pretende confiscar o petróleo.

O petroleiro deveria atracar em Galveston, no Texas, segundo informações repassadas à NBC News por dois funcionários americanos que pediram para não serem identificados. A tripulação do petroleiro será liberada assim que ele chegar ao seu destino.

No momento da abordagem, a embarcação transportava 1,1 milhão de barris de petróleo, de acordo com registros da MarineTraffic. Na quinta-feira, Maduro afirmou que a quantidade era de 1,9 milhão de barris.

A apreensão foi um golpe para o “regime” socialista em Caracas, disse a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, no Congresso.

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