Há 9 anos, a atual secretária da Agerp, França do Macaquinho, que já foi prefeita por duas vezes de Santa Luzia, no Maranhão, mantém uma tradição social que garante lazer gratuito às crianças do município. Todos os anos, ela custeia os ingressos do parque de diversões São Francisco, permitindo que centenas de crianças tenham acesso a momentos de alegria em uma cidade de pequeno porte, onde opções de lazer são escassas.
TRADIÇÃO SOCIAL QUE BENEFICIAVA CRIANÇAS
A iniciativa sempre teve como foco o bem estar das crianças, especialmente aquelas de famílias humildes, que não possuem condições financeiras de pagar pelos ingressos. Ao longo dos anos, o parque se tornou um símbolo de inclusão social e cuidado com a infância em Santa Luzia.
PROIBIÇÃO ARBITRÁRIA NA GESTÃO ATUAL
Em 2025, a tradição foi interrompida de forma arbitrária pelo prefeito Juscelino Marreca. Segundo relatos, o gestor teria intimidado o proprietário do parque, conhecido como Airton, afirmando que, caso o espaço fosse liberado gratuitamente para as crianças com o apoio de França do Macaquinho, no ano seguinte ele não receberia mais autorização para funcionar no município.
A declaração foi interpretada como uma ameaça velada de retirada de licenças, inviabilizando a continuidade da ação social que beneficiava diretamente a população infantil.
CRIANÇAS SÃO AS MAIORES VÍTIMAS
Quem mais perde com a decisão é a própria cidade de Santa Luzia. As maiores vítimas são as crianças, que ficaram impedidas de participar do parque por não terem condições financeiras. O episódio expõe uma disputa política que ultrapassa limites administrativos e atinge diretamente a população mais vulnerável.
DISPUTA POLÍTICA E PROJETO DE PODER
Nos bastidores, a proibição ocorre em meio a um projeto político maior. O prefeito Juscelino Marreca planeja lançar, no próximo ano, sua esposa, a primeira dama Vanessa Marreca, como candidata a deputada estadual.
A forte influência política e social de França do Macaquinho em Santa Luzia é vista como um obstáculo nesse projeto, tornando a ação social um alvo direto de disputas de poder.
O caso levanta questionamentos sobre o uso da máquina pública para fins políticos e sobre quem realmente paga o preço dessas decisões: as crianças de Santa Luzia.
