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Defesa de Bolsonaro pede autorização para cirurgia urgente

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Ex-presidente Jair Bolsonaro pede autorização ao STF para cirurgia urgente de hérnia inguinal enquanto cumpre pena em Brasília.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para a realização de uma cirurgia urgente. O pedido foi feito após exames médicos realizados no último domingo (14), que indicaram o diagnóstico de duas hérnias inguinais. Bolsonaro está preso desde o dia 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, e a cirurgia recomendada pelos médicos é considerada essencial para a sua saúde.

Diagnóstico médico e a urgência da cirurgia

De acordo com o relatório médico apresentado à Justiça, a avaliação do médico responsável, Dr. Claudio Birolini, confirmou que Bolsonaro sofre de duas hérnias inguinais, que exigem uma intervenção cirúrgica de caráter urgente. O diagnóstico foi feito após exames de ultrassonografia realizados na manhã de domingo, e os médicos indicaram que a única forma de tratamento definitivo para o quadro é a realização de uma cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral, com anestesia geral e internação hospitalar.

O tempo estimado de recuperação após o procedimento seria de cinco a sete dias, com permanência no Hospital DF Star, em Brasília. A defesa de Bolsonaro enfatizou que a cirurgia não pode ser realizada em ambiente prisional, uma vez que as condições de saúde no local não oferecem os cuidados médicos adequados para um procedimento de alta complexidade.

Pedido de prisão domiciliar e alegações da defesa

Além da autorização para a cirurgia, os advogados de Bolsonaro também pediram, de forma reiterada, a concessão de prisão domiciliar humanitária. No pedido, a defesa argumenta que a situação médica de Bolsonaro não é uma hipótese remota ou preventiva, mas uma necessidade médica comprovada, que exige ação imediata para evitar complicações graves. Os advogados destacam o risco de agravamento da condição de saúde do ex-presidente caso a cirurgia seja adiada, o que poderia resultar em complicações inesperadas e uma internação emergencial.

“O não atendimento dessa necessidade médica expõe o peticionário a risco real de agravamento súbito e complicações cirúrgicas evitáveis”, disseram os advogados no pedido. A defesa reiterou que a realização da cirurgia em um ambiente hospitalar adequado é indispensável para garantir a recuperação do ex-presidente e evitar sequelas.

Autorização para ultrassonografia e andamento do caso

No último sábado (13), o ministro Alexandre de Moraes autorizou a entrada de um médico especializado e equipamento ultrassom portátil nas dependências da Superintendência da PF para verificar a existência de hérnias inguinais em Bolsonaro. O pedido foi feito pelos advogados após a negativa inicial do ministro em autorizar novos procedimentos médicos baseados em documentos antigos apresentados pela defesa.

Além do diagnóstico atual, a defesa de Bolsonaro apresentou uma petição solicitando a autorização para a realização de novos exames e procedimentos cirúrgicos, com a intenção de acelerar o processo e evitar maiores riscos à saúde do ex-presidente.

A hérnia inguinal e a implicação médica

A hérnia inguinal ocorre quando uma parte do intestino ou de tecido abdominal se desloca para a região da virilha através de uma abertura. Esse quadro pode causar dor, desconforto e inchaço, especialmente em situações de esforço físico. Embora o diagnóstico de hérnia inguinal seja comum, a necessidade de tratamento cirúrgico se torna urgente quando o problema não é tratado a tempo, e complicações podem surgir.

O contexto da prisão de Bolsonaro

Jair Bolsonaro foi preso no dia 22 de novembro de 2025, após ser condenado no processo relacionado à tentativa de golpe de Estado. Inicialmente, ele cumpria prisão preventiva, mas após a sentença do dia 25 de novembro, ele passou a cumprir pena em regime fechado. O ex-presidente está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, e a sua defesa busca garantir os direitos à saúde e ao tratamento adequado, considerando as condições do cárcere e as necessidades médicas urgentes.

Proximos passos e decisão judicial

O STF ainda deve avaliar o pedido de autorização para a cirurgia e a prisão domiciliar, levando em conta o risco à saúde do ex-presidente. A decisão de Moraes será aguardada com atenção, já que envolve não apenas questões de saúde, mas também o contexto jurídico em torno da prisão de Bolsonaro.

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