O robô aspirador da iRobot possui tecnologia para mapear a casa, adicionando “pontos” em um mapa virtual para não se perder ou deixar escapar espaços com sujeira. É capaz de limpar tapetes e pisos lisos, tem aplicativo para controle e programação da limpeza e funciona também por comando de voz. Caso o dispositivo fique sem bateria antes de terminar toda a limpeza, ele espera que o carregamento termine na base e volta a limpar exatamente de onde parou.
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A iRobot, que criou o aspirador robô Roomba, entrou com um processo de recuperação judicial no domingo (14) e já tem um comprador: sua fabricante contratada chinesa, a Picea Robotics.
O plano prevê que a Picea assuma o controle total da iRobot por meio de uma reestruturação supervisionada pela Justiça, que deve ser concluída até fevereiro de 2026. Se aprovado, a iRobot se tornará uma empresa privada sob a bandeira da Picea.
Se você tem um Roomba limpando sua casa, ele não deixará de funcionar: a iRobot afirma que continuará operando normalmente durante o processo de recuperação judicial, sem interrupções esperadas nos serviços do aplicativo, no suporte aos produtos, nos programas para clientes ou nas operações da cadeia de suprimentos.
Pelo acordo de reestruturação, a Picea irá reduzir a alavancagem da iRobot, dando à empresa fôlego para continuar financiando o desenvolvimento de produtos, em vez de apenas pagar dívidas.
Pioneira
A iRobot é um dos nomes originais da robótica de consumo, e sua marca Roomba se tornou praticamente sinônimo da categoria de robôs aspiradores. Fundada em 1990, a empresa ajudou a definir o segmento quando o primeiro Roomba foi lançado, em 2002.
No entanto, ao longo da última década, a concorrência de marcas chinesas com preços agressivos — como Roborock, Dreame e Ecovacs — foi corroendo gradualmente a liderança da iRobot. Uma proposta de aquisição pela Amazon chegou a parecer uma tábua de salvação, mas o negócio desmoronou sob pressão regulatória, deixando a iRobot sozinha em um mercado no qual já vinha ficando para trás.
No ano passado, a Roborock assumiu o topo do mercado global de aspiradores robô, superando a iRobot tanto em volume de unidades enviadas quanto em receita total gerada.
Ao longo deste ano, a iRobot reformulou seu portfólio, reduziu preços e passou a depender mais fortemente de sua parceria de manufatura com a Picea para se manter competitiva — mas, ao que tudo indica, sem sucesso.
O CEO Gary Cohen enquadrou o movimento como um recomeço, e não um fim, chamando o acordo de um “marco decisivo” para o futuro de longo prazo da empresa.
Futuro
A aposta é que a combinação do design voltado ao consumidor e do P&D em robótica da iRobot com a expertise técnica e de manufatura da Picea dê à marca uma chance real de permanecer relevante em uma categoria brutalmente competitiva.
A Picea Robotics — ou Shenzhen Picea Robotics — também conhecida como 3irobotix, é um grande player no mundo dos aspiradores robô.
O site The Verge investigou e afirma que a empresa é uma das maiores fabricantes por projeto original do setor. Ou seja, ela projeta e produz robôs que muitas vezes são vendidos sob outras marcas — como aconteceu com a linha Roomba anunciada no início deste ano.
Segundo relatos, a Picea já vendeu mais de 20 milhões de aspiradores robô para marcas como Shark e Anker (dona da marca Eufy), e também há rumores de que seja a fabricante do novo Dyson Spot & Scrub AI.
