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Trump classifica Venezuela como “organização terrorista” e determina “bloqueio total” ao país

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (16) que determinou um bloqueio total e completo a todos os navios petroleiros alvos de sanções que entrarem ou saírem da Venezuela. Em publicação na rede social Truth Social, Trump declarou que o país está “completamente cercado” e acusou o governo venezuelano de ter roubado petróleo, terras e outros bens dos Estados Unidos.

Na mesma mensagem, Trump afirmou que a Venezuela estaria cercada “pela maior Armada já reunida na história da América do Sul”. Segundo ele, a presença militar norte-americana na região continuará a ser ampliada até que, segundo suas palavras, os bens que diz terem sido tomados sejam devolvidos.

O presidente também acusou o governo de Nicolás Maduro de utilizar recursos do petróleo para financiar o que chamou de “regime ilegítimo”, além de associá-lo a atividades como terrorismo ligado ao tráfico de drogas, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros. Trump escreveu ainda que, com base nessas acusações, o governo venezuelano foi classificado pelos Estados Unidos como uma “ORGANIZAÇÃO TERRORISTA ESTRANGEIRA”.

Com a decisão anunciada, todos os navios petroleiros previamente sancionados que operem em rotas de entrada ou saída da Venezuela passam a ser alvo direto do bloqueio. De acordo com o site Axios, ao menos 18 embarcações punidas pelos Estados Unidos estariam atualmente em águas venezuelanas.

Durante seu primeiro mandato, em 2019, Trump já havia imposto sanções ao setor petrolífero da Venezuela como forma de pressionar o governo Maduro, o que resultou na redução das exportações do país. Mesmo com as restrições ainda em vigor, a Venezuela segue exportando cerca de 1 milhão de barris de petróleo por dia, recorrendo, segundo especialistas, ao uso de “navios fantasmas”, que mudam de nome ou bandeira para evitar punições.

No dia 10 de dezembro, forças militares dos Estados Unidos interceptaram um navio petroleiro no Mar do Caribe, próximo à costa venezuelana. A embarcação, identificada como “Skipper”, já havia sido sancionada em 2022. Segundo autoridades da Guiana, o navio utilizava falsamente a bandeira do país.

Após a apreensão, Nicolás Maduro classificou a ação como “pirataria naval criminosa” e afirmou que o navio transportava 1,9 milhão de barris de petróleo. Levantamento da agência Reuters indicou que a operação resultou na retenção de cerca de 11 milhões de barris de petróleo e combustível em águas venezuelanas.



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