A Polícia Federal apreendeu, nesta segunda-feira (15), R$ 1 milhão em dinheiro vivo que estava em posse de duas pessoas logo após a realização de um saque bancário em uma agência localizada em São Luís. A apreensão ocorreu durante diligências de rotina da corporação e levantou suspeitas de ocultação de recursos de origem ilícita, possivelmente ligados a desvios de dinheiro público.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, o valor foi sacado de forma provisionada, modalidade que permite a retirada antecipada de grandes quantias, o que chamou a atenção dos agentes. Diante da situação, a PF realizou a abordagem e confirmou que os envolvidos transportavam o montante em espécie.
Sócios de empresa com contratos milionários estão entre os envolvidos
Durante as investigações preliminares, a Polícia Federal constatou que as duas pessoas abordadas são sócios de uma empresa do ramo da engenharia, que mantém contratos milionários com o Governo do Estado do Maranhão e com a Prefeitura de São Luís.
De acordo com a PF, alguns desses contratos envolvem recursos federais, o que atrai a competência da Justiça Federal e reforça a gravidade das suspeitas. A relação da empresa com o poder público e o volume expressivo de dinheiro sacado em espécie levantaram indícios de possível irregularidade na movimentação financeira.
Suspeita de ocultação e lavagem de dinheiro
Diante dos elementos identificados no momento da abordagem, os policiais federais avaliaram que havia indícios de tentativa de ocultação da origem do dinheiro, prática comum em esquemas de lavagem de capitais. Por esse motivo, os dois suspeitos foram conduzidos à Superintendência da Polícia Federal no Maranhão, onde prestaram depoimento.
Além do dinheiro em espécie, os agentes também apreenderam dispositivos eletrônicos, como celulares e outros equipamentos, que podem conter informações relevantes para o aprofundamento das investigações.
Valores e equipamentos passarão por análise pericial
A Polícia Federal informou que tanto o valor apreendido quanto os dispositivos eletrônicos recolhidos serão submetidos a análise pericial detalhada. Paralelamente, a corporação dará início a procedimentos de rastreamento financeiro, com o objetivo de identificar a real origem dos recursos.
Essa etapa da investigação busca esclarecer se o dinheiro tem relação direta com desvios de recursos públicos, superfaturamento de contratos, pagamentos irregulares ou outros crimes contra a administração pública.
Investigação segue em andamento
A PF destacou que as investigações ainda estão em fase inicial e que novas diligências não estão descartadas. A depender do resultado das perícias e da análise das movimentações financeiras, outras pessoas podem ser chamadas para depor e novas medidas judiciais podem ser solicitadas.
Casos envolvendo grandes quantias em espécie costumam ser tratados com prioridade, especialmente quando há indícios de ligação com contratos públicos e uso de verbas federais.
A Polícia Federal reforçou que continuará atuando para esclarecer os fatos e responsabilizar eventuais envolvidos em práticas ilícitas.
