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Elixir da saúde: as quatro melhores ervas medicinais brasileiras para cultivar em casa

by admin

O cultivo doméstico de espécies medicinais de plantas é uma boa forma de unir baixo custo à autonomia no preparo de chás e infusões que utilizem compostos bioativos frescos, capazes de auxiliar em resfriados, problemas intestinais e outros desconfortos.

Segundo a Sociedade Britânica de Fitoterapia, o cultivo caseiro de ervas medicinais preserva uma concentração adequada de óleos essenciais nas plantas e reduz o risco de contaminação por fungicidas nos compostos comercializados a granel.

As espécies mais adequadas para iniciantes são as mais tolerantes às variações climáticas, pouco suscetíveis a pragas e de uso seguro. Confira, abaixo, algumas opções para uma horta inicial de cultivos medicinais:

Guaco

Guaco (Mikania glomerata)
Créditos: Wikipedia

O guaco (Mikania glomerata), espécie nativa do Brasil cultivada em regiões de Mata Atlântica, pode ser cultivado em vasos grandes ou em suportes verticais (em que se desenvolve como trepadeira), e é utilizado tradicionalmente para aliviar sintomas do trato respiratório, como tosse, bronquite, asma, infecção na garganta e chiado.

Seu principal composto ativo, a cumarina, presente nas folhas do guaco, dá à planta um aroma parecido com a baunilha e é o responsável pelos efeitos medicinais broncodilatadores.

A planta prefere ambientes de meia-sombra, solo rico em matéria orgânica e irrigação regular.

O plantio é relativamente fácil: basta usar galhos ou sementes da planta em um solo rico em matéria orgânica e bem drenado. O método mais rápido é deixar que as estacas da planta criem raízes na água ou em um substrato úmido antes do plantio na terra. É interessante instalar um suporte para guiar o crescimento vertical da planta.

A forma de preparar é por infusão, com folhas secas em água fervente (cerca de uma colher de sopa a cada 200ml de água). O guaco também pode auxiliar em problemas gastrointestinais e na cicatrização de feridas.

Boldinho brasileiro

Boldo (Plectranthus barbatus)
Créditos: Wikipedia

Conhecido como boldo-do-Brasil (Plectranthus barbatus), a espécie é amplamente cultivada em casas e apartamentos por ser resistente e de crescimento rápido.

O boldinho prefere sol pleno ou meia-sombra, regas moderadas e solos bem drenados, e seu uso popular é para tratar desconfortos digestivos, como má digestão, gases, azia e problemas hepáticos. A planta é uma boa anti-inflamatória e antioxidante, consumida principalmente em forma de chá.

Especialistas alertam, no entanto, que apenas infusões fracas devem ser ingeridas, e sempre sem fervura direta da folha, para evitar concentração excessiva dos compostos químicos na planta.

Erva-cidreira

Erva-cidreira (Melissa officinalis)
Créditos: Wikipedia

A erva-cidreira (Melissa officinalis e Cymbopogon citratus), que existe em duas versões no Brasil (como melissa europeia e capim-cidreira), é uma planta nativa de regiões tropicais e muito fácil de cultivar.

Ela exige sol pleno, regas frequentes e vasos profundos que acomodem suas raízes fibrosas. Suas folhas são usadas em infusões calmantes e digestivas, com benefícios antiespasmódicos e de aromaterapia.

Além de ser antinevrálgica, ela é uma boa opção para tratar sintomas de gripe e resfriados, e ajuda na saúde intestinal.

Hortelã

Entre as ervas de cuidado mais simples, a hortelã (Mentha spp.) se destaca pela facilidade: basta um vaso pequeno, com boa drenagem e substrato rico em matéria orgânica, e um ambiente bem iluminado, com cerca de quatro a seis horas de sol diárias. Usada para alívio de náuseas e desconfortos gástricos, ela é uma das plantas mais consumidas no Brasil, e pode servir como adendo culinário em receitas diversas, de drinks a sobremesas.

Graças ao mentol presente na sua composição, é usada como calmante e anti-inflamatório, com propriedades analgésicas de alívio da dor.

Outros benefícios incluem a ajuda no equilíbrio hormonal e na oleosidade. Ela é consumida em forma de infusão, fervendo folhas frescas ou secas de 5 a 10 minutos.

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