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‘2026 será o ano da verdade’, diz Lula em última reunião ministerial do ano

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu seus ministros nesta quarta-feira (17), na Granja do Torto, para a última reunião ministerial do ano. Na fala inicial, Lula disse que o próximo ano será “o ano da verdade”, e fez um chamado à correção da “narrativa” para que “o povo saiba avaliar” os projetos em disputa. 

“O ano eleitoral vai ser o ano da verdade. Ou seja, nós temos que criar a ideia da hora da verdade para mostrar quem é quem nesse país, quem faz o quê nesse país, o que aconteceu antes de nós. E o que acontece quando nós chegamos ao governo? Qual foi a mudança que houve na economia, na educação, na saúde, no transporte, nas políticas de inclusão social, na igualdade racial, na questão da mulher, nos indígenas, nos quilombolas? O que aconteceu, na verdade?”, disse o presidente aos ministros.

“É importante que nós tenhamos noção de que precisamos fazer com que o povo saiba o que aconteceu nesse país. Eu tenho a impressão que o povo ainda não sabe. Eu tenho a impressão que nós ainda não conseguimos a narrativa correta para fazer com que o povo saiba fazer uma avaliação das coisas que aconteceram nesse país”, apontou Lula.

“O ano que vem as pessoas terão a oportunidade de escolher que tipo de país eles vão querer. Vão ter que escolher. E aí é muito importante uma coisa que nós temos que mostrar”, seguiu o presidente. “Nós começamos esse governo falando a palavra reconstrução e união. Ou seja, nós pegamos um país desmontado, nós começamos a reconstruir e nós trabalhamos muito a questão da união. Depois, no começo deste ano, nós começamos a falar que estávamos plantando e que este ano seria o ano da colheita. Então nós já anunciamos todas as políticas sociais que nós tínhamos que anunciar, todas. Pode faltar uma ou outra que não deu tempo de anunciar” afirmou.

Lula mencionou alguns dos principais feitos do governo durante este ano, como a aprovação da isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com renda de até R$ 5 mil e os números positivos da economia, indústria, agricultura, além das políticas de cultura e educação, e pediu que os ministros se apropriem dessas informações. 

“Essa reunião de hoje é para que todos vocês tenham um quadro real do que aconteceu nesses três anos. Possivelmente, nem cada um de nós, individualmente, saiba a grandeza do que foi feito”, indicou o presidente.

Ministros candidatos: “Não percam”

O presidente Lula pediu aos ministros que desejem ser candidatos que se afastem de suas funções e ganhem as eleições.

“É sempre assim: quando você tira um ministro, ele chora. Por que eu? Mas quando você não quer tirar e ele quer sair, ele encontra todos os argumentos necessários para sair e joga a responsabilidade em cima do povo. O povo quer que eu saia. A base está fazendo pressão. O meu estado está exigindo”, declarou, em tom de crítica. 

“Então, eu reconheço isso e eu vou ficar muito feliz que aqueles que tiverem que se afastar se afastem e, por favor, ganhem o cargo que vão disputar. Não percam”, cobrou. 

Ministro evangélico

Antes de passar a palavra ao vice-presidente, Geraldo Alckmin, o presidente brincou com o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao anunciar que na próxima semana o governo irá declarar a música gospel como patrimônio nacional. Messias é evangélico e sua indicação ao STF foi vista por alguns analistas como uma sinalização ao público cristão protestante.  

“Além disso, a última novidade da semana que vem é que nós vamos transformar a música gospel, Messias, em patrimônio brasileiro. Nós vamos fazer um reconhecimento. E a semana que vem você pode estar preparado que, além de ser ministro da Suprema Corte, você vai poder cantar música gospel dentro do Palácio do Planalto”, disse o presidente, em tom de brincadeira.

Após a fala do presidente, foi dada a palavra a Alckmin, seguido dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Coletiva de imprensa 

Como parte das atividades de encerramento do ano, o presidente convidou jornalistas para um café da manhã seguido de coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (18), no Palácio do Planalto. O Brasil de Fato, que mantém cobertura permanente no Executivo federal, foi convidado e estará presente. 

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