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EUA ampliam restrições de viagens com Autoridade Palestina e mais 20 países na lista

by admin

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Os Estados Unidos anunciaram na terça-feira 16 a expansão das restrições de viagens ao país, incluindo mais 20 países e a Autoridade Palestina no rol de nações afetadas pela medida promovida pelo presidente Donald Trump. A medida expande a lista de passaportes sujeitos a limitações ou proibições, que contava com 19 Estados em junho, no contexto da campanha anti-imigração do republicano, que se intensificou ainda mais desde o assassinato de guardas nacionais em Washington por um imigrante afegão.

As nações listadas no comunicado de terça-feira são divididas em duas categorias: aquelas cujos cidadãos são proibidos de entrar nos Estados Unidos, e aquelas que enfrentarão restrições parciais, com medidas aplicadas tanto para turistas quanto imigrantes. Cinco países compõem a primeira categoria, que inclui ainda a Autoridade Palestina:

  • Burkina Faso
  • Mali
  • Níger
  • Sudão do Sul (nação que já enfrentava restrições significativas anteriores)
  • Síria

Já entre aqueles que enfrentam restrições parciais, a Casa Branca apresentou ao público 15 países:

  • Angola
  • Antígua e Barbuda
  • Benin
  • Costa do Marfim
  • Dominica
  • Gabão
  • Gâmbia
  • Malawi
  • Mauritânia
  • Nigéria
  • Senegal
  • Tanzânia
  • Tonga
  • Zâmbia
  • Zimbábue
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Em seu anúncio, o governo americano afirmou que as restrições foram estabelecidas contra nações com “corrupção generalizada, além de documentação fraudulenta ou pouco confiável”, o que define como empecilhos à verificação dos antecedentes de seus cidadãos. Washington também citou preocupações como política externa, segurança nacional e fiscalização da imigração como motivadores para a medida.

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O comunicado aponta ainda que os visitantes oriundos dos países citados “exploram a generosidade histórica dos Estados Unidos”, violando leis de imigração e ultrapassando o tempo de permanência previsto em seus vistos, enquanto seus governos recusavam-se a receber de volta cidadãos cuja Casa Branca desejava deportar.

As restrições não atingem aqueles que:

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  • Já possuem visto americano
  • São residentes permanentes legais dos EUA
  • Possuem categorias especiais de visto, como diplomatas ou atletas
  • Cuja entrada é vista como “útil aos interesses americanos”

As medidas entram em vigor no dia 1º de janeiro e representam um novo capítulo na cruzada de Donald Trump para endurecer o processo migratório para os Estados Unidos. Para muitos críticos, o governo tem utilizado a segurança nacional como justificativa para impedir entradas legítimas no país.

“Essa proibição ampliada não tem a ver com segurança nacional, mas sim como uma tentativa vergonhosa de demonizar as pessoas simplesmente pela origem delas”, afirmou a vice-presidente de programas jurídicos dos EUA no Projeto Internacional de Assistência aos Refugiados, Laurie Bell Cooper.

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Em reação, o governo de Dominica, nação insular no Caribe, disse tratar a situação com “máxima seriedade e urgência” e busca esclarecer as restrições com Washington. Visão semelhante foi compartilhada pelo embaixador de Antígua e Barbada nos EUA, Ronald Saunders, que definiu a questão como “bastante séria”.

As primeiras restrições foram anunciadas em junho, com 12 países na categoria de proibição total e outros sete na de restrições. Na época, os países afetados foram:

  • Proibidos: Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen
  • Restrições: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.

O anúncio desta quinta modifica a situação de três das nações listadas anteriormente. Laos e Serra Leoa passam a enfrentar uma proibição total de migração e visita, enquanto o Turcomenistão vê o afrouxamento das restrições — a Casa Branca afirmou que o país melhorou “o suficiente”.

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