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Trump pode anunciar ação militar contra a Venezuela esta noite, diz jornalista

by admin

O jornalista Tucker Carlson disse em entrevista que o presidente Donald Trump pode anunciar ação militar contra a Venezuela em discurso esta noite, às 23 horas de Brasília.

De fato, um discurso de Trump está marcado para aquele horário no salão Oval.

Porém, segundo a porta-voz da Casa Branca, o presidente vai focar em política doméstica: “Ele vai falar muito sobre as conquistas dos últimos 11 meses, tudo o que fez para trazer nosso país de volta à grandeza e tudo o que continua planejando fazer para servir ao povo estadunidense nos próximos três anos”.

Nas últimas horas, a Marinha da Venezuela passou a escoltar seus petroleiros, depois que Trump anunciou “bloqueio total” à exportação de petróleo do país.

Os primeiros navios que zarparam do porto de José com destino à Ásia estavam carregados de uréia, coque e outros derivados de petróleo.

De acordo com Carlson, integrantes do Congresso foram informados ontem pelo governo Trump de que haveria ação militar. 

Trump declarou de forma unilateral um bloqueio das exportações de petróleo da Venezuela feitas através de navios que são sancionados pelos Estados Unidos.

Mas isso representa apenas 40% do total, já que a maior parte da frota que serve à PDVSA não está sob sanção.

Sinais de alarme

Vários sinais de alarme foram dados em Caracas. Nicolás Maduro ligou para o secretário geral da ONU, António Guterres, para alertá-lo sobre as ameaças dos Estados Unidos.

Em discurso, Maduro anunciou para janeiro um Congresso Constituinte que daria maior poder de ação às organizações populares.

A vice-presidente Delcy Rodriguez reagiu ao bloqueio:

As brechas que permitiam aos EUA controlar governos fantoches para entregar nossos recursos energéticos terminaram com o Comandante Hugo Chávez, que dizia que nunca mais seremos uma colônia energética de ninguém, nem de nenhuma potência estrangeira que sonhe em roubar nossas riquezas.

Ela fazia referência a uma tese que passou a ser disseminada pelo assessor de Trump, Stephen Miller, segundo a qual foram os Estados Unidos que desenvolveram a indústria de petróleo da Venezuela.

Uma tese delirante

“O suor, engenho e o trabalho estadunidenses criaram a indústria petroleira da Venezuela. Sua expropriação tirânica foi o maior roubo já registrado de propriedade e riqueza dos EUA. Estes bens saqueados passaram a ser usados para financiar o terrorismo e inundar nossas ruas de assassinos, mercenários e drogas”, escreveu Miller numa rede social.

A tese delirante de Miller foi abraçada pelo secretário de Estado Marco Rubio e pelo presidente Trump, que escreveu: “Não vamos permitir que um regime hostil fique com nossa terra, nosso petróleo ou quaisquer outros bens, que devem ser retornados aos Estados Unidos”.

Marco Rubio sempre sonhou em atacar a Venezuela como forma de realizar seu antigo sonho de provocar mudança de regime em Cuba.

Em resposta, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, fez hoje um discurso cercado pelas principais lideranças militares do país afirmando que, afinal, a verdade foi revelada: trata-se, segundo ele, de uma simples tentativa de roubo dos recursos minerais da Venezuela.

A indústria de petróleo da Venezuela foi nacionalizada em primeiro de janeiro de 1976 pelo então presidente Carlos Andres Perez, com a transferência do controle de bens das empresas Exxon, Mobil, Gulf Oil e outras para a estatal PDVSA. Perez era um social democrata que teve boas relações com Washington.

Logo as empresas estadunidenses voltaram a investir na Venezuela e até hoje a Chevron produz e transporta petróleo venezuelano para os Estados Unidos.

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