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Gigante da telefonia anuncia fim de serviço no Brasil

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A Vivo, concessionária de telefonia da Telefônica Brasil, decidiu encerrar seus serviços de telefonia fixa em dezembro de 2025.

A empresa anunciou um novo pacote de investimentos de R$ 4,5 bilhões na expansão de suas redes de fibra óptica e cobertura móvel.

Até então, a empresa operava sua linha de telefonia fixa sob regime público de concessão, herdado do processo de privatização do Sistema Telebrás, ocorrido no fim dos anos 1990, que garantia a universalização do serviço, metas para a continuidade do fornecimento e tarifas reguladas.

No final de 2025, com o encerramento dos serviços, a empresa passará a operar apenas sob regime privado de autorização.

O novo plano de investimentos da empresa inclui, agora, a implantação de redes de fibra óptica em 121 municípios brasileiros, com ampliação da oferta de banda larga e a manutenção do serviço de telefonia fixa até 2028 em localidades onde não existam alternativas competitivas.

A Vivo é líder no mercado de telefonia móvel no Brasil, com cerca de 38% a 39% de market share em acessos móveis no país em 2025, segundo estimativas do setor. A operadora conta com mais de 100 milhões de acessos móveis, uma das maiores bases de usuários entre as principais empresas de comunicação do Brasil.

Em 2023, a empresa liderou a receita líquida do setor de operadoras brasileiras, com cerca de R$ 52 bilhões (ultrapassando Claro e TIM). Os lucros são impulsionados principalmente por serviços móveis e pós-pagos, além de internet banda larga e 5G.

A rede de telefonia fixa, que a empresa abandona este ano, esteve em declínio significativo nas últimas décadas e acompanha uma migração ampla para os serviços móveis de telefonia.

No final de outubro deste ano, o Brasil tinha cerca de 20,45 milhões de linhas de telefonia fixa ainda em serviço, cerca de 9,4 linhas a cada 100 habitantes, segundo a Teleco. Foi uma queda de mais de 2,5 milhões de linhas em 12 meses, enquanto, em 2024, o mercado brasileiro de telefonia fixa perdeu 3,2 milhões de linhas, a maior queda desde o início da retração, nos anos 2010.

Mais de 48% dos usuários já não consideram o serviço relevante e não possuem rede fixa.

Já no caso da fibra óptica, 57% das linhas fixas do Brasil utilizavam essa tecnologia até outubro de 2025, de acordo com a Teleco.

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