Madri (Espanha) – A partida de exibição entre a bielorrussa Arna Sabalenka e o australiano Nick Kyrgios, marcada para dia 28 de dezembro em Dubai, segue movimentando os comentários. Uma das que falou sobre o assunto recentemente foi a espanhola Garbiñe Muguruza em entrevista ao El Partidazo na Cope.
Para a ex-número 1 do mundo, o evento não tem a importância da primeira “Batalha dos Sexos”, mas ainda serve como um bom entretenimento. “É mais um espetáculo — não tem nada a ver com a Batalha dos Sexos, com o que Billie Jean King versus Bobby Riggs representou. Aquilo foi incrível”, disse a espanhola.
Muguruza também falou sobre a diferença entre homens e mulheres e não garantiu que a superioridade física masculina é tamanha que mesmo jogadores de ranking bem baixo podem superar as estrelas da WTA. “Acho que até um juvenil me venceria quando eu era o número 1”, afirmou a campeã de Roland Garros em 2016 e de Wimbledon em 2017.
“Já tive tantos parceiros de treino, e sempre que tinha que jogar um set de treino contra eles, acabava super frustrada. Como é possível que eu não consiga ganhar um set de alguém que nem sequer é um jogador profissional, alguém que é apenas um parceiro de treino?”, disse Muguruza, que em 2017 passou quatro semanas como número 1 do mundo.
Para ela, a diferença é enorme. “Não é só força. Fisicamente, os músculos, a resistência que um homem tem para jogar uma partida. Há tantas coisas envolvidas. Eu tenho dois irmãos e nunca consegui vencê-los”, acrescentou a tenista nascida em Caracas.
“Um homem classificado em 1000º no ranking da ATP, ou mesmo sem ranking, pode ser muito superior a uma mulher que está entre as dez melhores. Aryna (Sabalenka) tem um saque muito potente, golpes muito potentes, mas se você entrar em trocas de bola longas, mais cedo ou mais tarde…”, finalizou Muguruza.
