O Ministério da Saúde identificou pela primeira vez no Brasil a presença do subclado K do vírus influenza A (H3N2), conhecido popularmente como causador da “gripe K”, que vem causando preocupação ao redor do mundo. Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios do Instituto Oswaldo Cruz, afirma ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, que não há motivo para alarme.
“A gripe K é causada pelo vírus influenza, como o vírus que circula desde 1976. É só uma questão de nomenclatura”, assegura. Ela acrescenta que “neste ano está apresentando mais mutações do que vinha apresentando em anos recentes”.
Os sintomas da gripe são respiratórios. Portanto, qualquer pessoa que comece a ter febre muito alta, seguida de dificuldade respiratória, deve procurar atendimento médico para ser avaliada e acompanhada.
“Este ano está sendo identificado principalmente no hemisfério norte e em países da Europa e da Ásia esse subclado do vírus influenza, que é chamado de K. Ele apresenta mutações no genoma. O vírus influenza evolui ao longo dos anos, e esta evolução foi maior em 2025, resultando neste subclado com mais mutações do que o usual”, explica.
A chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios contextualiza que o aumento de pessoas infectadas e hospitalizadas, principalmente no hemisfério norte, está acontecendo porque o vírus começou a circular antes do esperado, de modo que muitas pessoas não foram vacinadas. “Então, esse aumento precoce está causando uma preocupação em vários países”.
Os grupos que requerem maior atenção e estão sob maior risco são: crianças menores de 5 anos, adultos maiores de 65 anos, pessoas imunocomprometidas, diabéticas e cardiopatas.
Siqueira destaca que, para os vírus respiratórios em geral, valem as mesmas medidas de proteção: usar máscara, lavar as mãos, ficar em casa se tiver sintomas e evitar aglomerações. “Para quem puder, o home office é uma boa alternativa. Senão, é necessário utilizar máscara em ambientes públicos para evitar a transmissão”, sugere.
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