International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/B. Bolin Image Processing: J. Miller & M. Rodriguez (International Gemini Observatory/NSF NOIRLab), T.A. Rector (University of Alaska Anchorage/NSF NOIRLab), M. Zamani (NSF NOIRLab)
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O telescópio Gemini North, no Chile, capturou novas e vívidas imagens do cometa interestelar 3I/ATLAS, revelando um leve brilho esverdeado enquanto o objeto emerge de trás do Sol. Ele já está a caminho de deixar o Sistema Solar, mas antes disso fará sua maior aproximação da Terra hoje (19).
O que é o cometa 3I/ATLAS?
O cometa 3I/ATLAS vem de outro sistema estelar e está apenas passando pelo nosso Sistema Solar rumo a um destino ainda desconhecido. Ele parece estar viajando a partir da região central da Via Láctea. Este é apenas o terceiro objeto interestelar já observado, depois de 1I/‘Oumuamua em 2017 e 2I/Borisov em 2019. O 3I/ATLAS foi descoberto em 1º de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS (Asteroid Terrestrial‑impact Last Alert System), em Río Hurtado, no Chile.
Grande parte das reportagens sobre a origem e o comportamento do 3I/ATLAS surgiu após especulações do astrofísico de Harvard Dr. Avi Loeb, que sugeriu que ele poderia ser uma nave alienígena. No entanto, cientistas já demonstraram que o objeto se comporta como um cometa típico do Sistema Solar.
Novas imagens do cometa 3I/ATLAS
As novas imagens do cometa foram registradas em 26 de novembro de 2025 usando o telescópio Gemini North, localizado no vulcão Maunakea, no Havaí. Após um período oculto atrás do Sol do ponto de vista da Terra, o 3I/ATLAS reapareceu próximo a Zaniah — um sistema triplo de estrelas na constelação de Virgem.
A imagem principal foi feita usando filtros azul, verde, laranja e vermelho, com o cometa mantido fixo no centro do campo de visão do telescópio. O 3I/ATLAS apresenta um leve brilho esverdeado.
Por que o cometa 3I/ATLAS está verde agora
Segundo cientistas do Gemini North, o novo tom esverdeado ocorre porque gases na coma do cometa estão emitindo luz à medida que evaporam com o aquecimento solar. Especificamente, trata‑se de carbono diatômico (C₂), uma molécula formada por dois átomos de carbono que emite luz em comprimentos de onda verdes.
Isso contrasta com imagens feitas pelo telescópio Gemini South, no Chile, em setembro — antes de o cometa atingir sua máxima aproximação do Sol em outubro — que mostravam o objeto com tonalidade avermelhada.
O que o cometa 3I/ATLAS fará a seguir
Embora os cientistas já tenham observado o 3I/ATLAS tanto na aproximação quanto agora no afastamento do Sol, ainda há dúvidas sobre como ele irá se comportar enquanto esfria durante sua saída do Sistema Solar. Às vezes há um atraso, com possíveis surtos de atividade ou mudanças químicas nos meses seguintes — algo que os telescópios ao redor do mundo estarão monitorando de perto.
Cometa 3I/ATLAS: maior aproximação
Hoje (19), o 3I/ATLAS fará sua maior aproximação da Terra, chegando a cerca de 270 milhões de quilômetros — um pouco menos que o dobro da distância entre a Terra e o Sol. Ele não representa qualquer risco para o nosso planeta.
