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MPF diz que provas contra Weverton são ‘frágeis’: ‘Há mais dúvidas que certezas’

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Apesar da deflagração de busca e apreensão contra o senador Weverton Rocha (PDT) no bojo da Operação Sem Desconto, trechos do parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) contrário à prisão do parlamentar apontam, pelo menos num primeiro momento, para a falta de provas cabais que envolvam pedetista num esquema.que seria comandado pelo chamado “Careca do INSS.

Ao indeferir o pedido da PF, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou o entendimento da PGR sobre o caso.

Segundo a procuradoria, o “panorama probatório apresentado é assentado em inferências ainda não consolidadas”,

“Até o momento, não se demonstrou vínculo direto entre o parlamentar e execução das condutas ilícitas, nem recebimento de valores ilícitos. O simples fato de ex-assessores terem sido destinatários de valores não autoriza, automaticamente, extensão de responsabilidade ao titular do mandato sem base fática robusta que o vincule”, diz o documento.

A PGR afirma não descartar “eventual prática ilícita”, mas ressalta que, “neste momento, os elementos disponíveis são frágeis para sustentá-la”. E aponta que a própria PF entrou em contradição ao narrar a suposta participação de Weverton no caso.

“A própria narrativa policial oscila: ora atribui ao Senador posição de liderança e comando sobre o esquema; ora relativiza essa premissa, admitindo cuidar-se apenas de influência e inserção em níveis superiores sem atribuição de direção máxima. Neste estágio, há mais dúvidas a esclarecer do que certezas aptas a embasar a medida extrema, mostrando-se prematura a conclusão de que o parlamentar exerceria liderança superior à de Antônio Carlos”.

Após a divulgação do trecho do parecer, o senador do PDT emitiu um novo comunicado,. ressaltando “que a decisão da Corte é clara ao reconhecer a ausência de provas que me vinculem a práticas ilícitas ou ao recebimento de recursos irregulares”.

“Relações profissionais de terceiros não podem ser usadas para me imputar responsabilidade sem fatos concretos. Sigo exercendo meu mandato com serenidade e colaborando para o esclarecimento dos fatos, certo de que a verdade prevalecerá e minha inocência será plenamente reconhecida”, afirmou.

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