A grande final de ‘A Fazenda 17’, realizada na noite desta quinta-feira (18), consagrou Dudu Camargo como o mais novo campeão do reality rural da Record. No entanto, se depender da visão estratégica do renomado diretor Homero Salles, o prêmio milionário é apenas o primeiro passo de uma jornada ainda maior.
Salles, que foi o braço direito de Gugu Liberato (1959-2019) por décadas, manifestou publicamente o desejo de transformar o ex-âncora do SBT no novo fenômeno da audiência dominical. “Perdemos Gugu, mas temos Dudu”, valorizou o diretor ao traçar um paralelo entre os dois comunicadores.
A provocação de Homero Salles no LinkedIn
Em uma iniciativa inusitada, Homero Salles utilizou seu perfil profissional no LinkedIn para publicar uma carta aberta endereçada a Dudu Camargo. No texto, ele se oferece para capitanear a transição de carreira do jovem, movendo-o do Jornalismo para o Entretenimento puro, onde acredita que o potencial de sucesso é ilimitado.
“Dudu Camargo deverá sair campeão de A Fazenda 17 nesta quinta-feira. Entrou no confinamento com visão de jogo, carisma e leitura estratégica. Soube se posicionar, construiu narrativas e, na reta final, deve ‘sambar’ na votação e superar os demais peões com folga”, iniciou o diretor em sua análise certeira antes mesmo da divulgação oficial do resultado.
Experiência de quem formou lendas da TV
Salles reforçou sua autoridade no assunto ao relembrar sua trajetória ao lado dos maiores ícones da televisão brasileira. “Creio ter lugar de fala. Dediquei quatro décadas da minha carreira –e da minha vida– a Silvio Santos [1930-2024] e a Gugu Liberato, participando diretamente da construção de algumas das maiores audiências da história do SBT e e da Record”, lembrou o executivo.
Para ele, manter Dudu restrito às bancadas de jornais é um desperdício de talento nato para o auditório. “Dudu é um fenômeno de comunicação. Mas faço aqui uma provocação necessária: eu gostaria muito de vê-lo no Entretenimento, e não restrito ao Jornalismo”, apontou. Salles revelou, inclusive, que já possui planos concretos: “Tenho, inclusive, um formato inédito de programa de auditório que seria um marco para ele e para qualquer emissora de televisão. Sucesso de público garantido. Sei exatamente do que estou falando… E assino embaixo!”.
O cenário dos domingos em 2026
A análise de Homero vai além da figura de Dudu; ele observa uma lacuna no mercado de entretenimento brasileiro. Segundo ele, “o fato é simples: não houve renovação real de animadores de auditório no Brasil. Um ou outro apresentador surge, ganha algum tempo de tela, mas costuma ter vida curta. Dudu é talento de domingo. Sempre foi.”
Olhando para o futuro da guerra pela audiência, o diretor prevê um cenário competitivo acirrado para o próximo ano. “Em 2026, o SBT terá de enfrentar a força de Eliana, agora na Globo, que certamente dará trabalho ao Domingo Legal, de Celso Portiolli. A Record, por sua vez, conta hoje basicamente com o excelente Tom Cavalcante. Para a disputa que se avizinha, é pouco”, ressaltou.
Salles acredita que o carisma de Dudu é a peça que falta para revitalizar a grade televisiva. “Dudu no Entretenimento traria alegria, espontaneidade e frescor, exatamente o que o público ama. Seu talento e carisma, descobertos por Silvio Santos (um gênio), têm potencial para resgatar o espírito dos grandes programas de domingo das décadas de 1980, 1990 e 2000. Um revival que as emissoras procuram há anos… Sem sucesso”, escreveu.
Ao concluir sua carta aberta, o diretor deu um voto de confiança definitivo ao peão, demonstrando que sua aposta não é apenas financeira, mas por convicção profissional: “Dudu, acredito tanto em você que eu trabalharia até de graça (risos)”, cravou.
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