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Em setembro, Izabel Olson foi uma das co-chairs do emblemático Gala de 25 anos da BrazilFoundation, ao lado de Andrea Dellal, Lady Ella Windsor, Juliana Souza e Suzana Pires, na noite presidida por Paula Bezerra de Mello. Ao posar no red carpet ao lado do marido e de Lenny Kravitz, não demorou para que diversos repórteres a confundissem com Demi Moore. A semelhança realmente impressiona, embora Izabel rejeite a comparação com naturalidade. “Fico extremamente lisonjeada, mas acho um exagero. Ela é uma das mulheres mais lindas do mundo”, diz a carioca. Naquela noite, porém, não teve como contestar quando o comentário veio de Jason Weinberg, empresário de algumas das maiores estrelas de Hollywood, entre elas a própria Demi Moore, Madonna, Naomi Campbell e Jared Leto.
Meses depois, Londres assistiu a outro momento decisivo. Na noite do British Fashion Awards, enquanto Ellie Goulding revelava sua gravidez em um look que traduzia a energia urbana de Willy Chavarria, que concorria ao prêmio de Estilista do Ano, duas mulheres de vermelho ao lado do designer dividiram a atenção dos fotógrafos. À direita estava Mon Laferte, cantora chilena e apoiadora histórica de Willy. À esquerda, a brasileira de beleza marcante que despertou um imediato burburinho de curiosidade: Izabel Olson, vista cada vez mais como uma presença influente no universo cultural que orbita a moda internacional.
Fundadora da Salt and Light Coalition, organização sediada em Chicago e reconhecida por seu modelo pioneiro de reintegração de mulheres sobreviventes de violência, Izabel desenvolveu um programa singular que combina saúde mental, fortalecimento físico, capacitação profissional e construção de autoestima. Criado durante seu doutorado em Educação, o método prepara mulheres para retomarem suas vidas com autonomia e dignidade. Segundo dados públicos da Coalizão, mais de oitenta por cento das participantes conquistam emprego após a graduação, graças à rede de empresas parceiras formada ao longo dos anos. Hoje, a instituição é liderada por uma ex-aluna, símbolo vivo do impacto transformador de seu trabalho.
Essa crença no poder de reinvenção atravessa também sua trajetória pessoal. Sua filha, Bella, começou a escrever um livro aos sete anos. Aos onze, concluiu as 186 páginas de “Trapped”, que será lançado nos Estados Unidos. A história conquistou endossos de autores bestsellers do New York Times e do diretor brasileiro Carlos Saldanha, responsável por “Rio” e “Ferdinand”, que afirmou: “Bella conseguiu o que muitos escritores adultos não conseguem: entregar uma mensagem completamente formada. E ela só tem 11 anos”.
Entre filantropia, educação e maternidade, a moda tornou-se para Izabel um idioma emocional e intelectual. Sua conexão com Willy Chavarria nasce desse lugar de sensibilidade e propósito. Como ela mesma define:
“Apoio e admiro o Willy porque ele é muito mais do que um designer. Para mim, Willy Chavarria é um movimento. Seu trabalho ousa dar voz aos oprimidos, honrar culturas que a América muitas vezes ignora e colocar essas histórias no centro de uma narrativa triunfante e digna.”
A afinidade vai além da admiração estética.
“De muitas maneiras, o trabalho do Willy espelha o meu. O que faço com mulheres por meio de cura e empoderamento, ele faz pela moda. Ambos restauramos dignidade, ampliamos identidade e reescrevemos narrativas.”
E vestir Willy, para ela, tem significado profundo.
“Quando visto Willy, sinto que estou amplificando uma verdade. É como me alinhar a uma visão que eleva, humaniza e expande o que é possível para comunidades inteiras. A arte dele é ativismo. Cada peça carrega esse propósito.”
Willy Chavarria vive um momento determinante na moda contemporânea. Designer latino, de discurso político e identitário, passou por marcas como Calvin Klein antes de consolidar sua própria etiqueta como uma das vozes mais relevantes da moda atual. Sua perspectiva estética, social e cultural o transformou em uma força global.
A presença de Izabel ao seu lado, portanto, não é fortuita. Ela representa uma nova figura feminina no ecossistema da moda: não a musa ornamental, mas a mulher cuja história, trabalho e visão geram impacto real. Da reintegração de mulheres nos Estados Unidos ao protagonismo crescente no circuito internacional, Izabel Olson está escrevendo um novo capítulo do soft power brasileiro. Um capítulo onde propósito, estética e influência caminham lado a lado.
