A atuação política da CEADEMA (Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Maranhão) volta a chamar atenção no cenário estadual ao demonstrar apoio a diferentes campos ideológicos. A entidade religiosa tem mantido diálogo e proximidade tanto com a deputada Mical Damasceno, conhecida por sua postura bolsonarista, quanto com a senadora Eliziane Gama, além de integrantes do Governo Estadual, representado politicamente por Orleans Brandão, ligado ao campo da esquerda no Maranhão.
O movimento evidencia uma estratégia de articulação ampla, buscando representar os interesses da comunidade evangélica em diferentes esferas de poder, independentemente de alinhamentos ideológicos rígidos. Para analistas políticos, a postura da CEADEMA reforça a tentativa de manter influência institucional, priorizando pautas religiosas, sociais e regionais.
Apoios que atravessam ideologias
A deputada Mical Damasceno é uma das vozes mais identificadas com o bolsonarismo no Maranhão, defendendo pautas conservadoras e alinhadas à direita. Já a senadora Eliziane Gama, com histórico ligado ao campo progressista, mantém diálogo constante com lideranças evangélicas e participa de eventos institucionais da igreja.
No âmbito estadual, o nome de Orleans Brandão, associado ao atual grupo político que governa o Maranhão, também surge nesse contexto de aproximação. O governo estadual, classificado no campo da esquerda, tem buscado manter relações institucionais com diferentes segmentos religiosos.
Repercussão política e social
A atuação da CEADEMA gera repercussão tanto entre fiéis quanto no meio político. Enquanto alguns veem a postura como estratégica e institucional, outros apontam contradições ideológicas. O fato é que a convenção se mantém como uma das principais forças de influência religiosa no Maranhão, participando ativamente do debate público e político.
O cenário demonstra que, no Maranhão, religião e política seguem profundamente conectadas, com alianças que ultrapassam divisões tradicionais entre direita e esquerda.


