Kimberly White/Getty Images; Alexander Karnyukhin for Forbes; Paul Miller/Bloomberg
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Diferentemente das listas Forbes 30 Under 30 ou 50 Over 50, o ranking das Mulheres Mais Poderosas do Mundo não recebe indicações do público. Afinal, é possível ver quem está à frente dos maiores PIBs; quais empresas de tecnologia estão fechando os acordos mais influentes para expandir o ecossistema de IA; quais fundadoras construíram as companhias mais valiosas e quais bilionárias que fizeram fortuna por conta própria decidiram destinar sua riqueza a causas relevantes.
A parte mais desafiadora de medir poder, no entanto, é o timing. Em alguns anos, eleições acontecem bem antes do prazo final para a conclusão do ranking — como ocorreu no Japão neste ano, impulsionando a recém-eleita primeira-ministra Sanae Takaichi para a 3ª posição da lista de 2025. Em outras situações, nomeações de CEOs ocorrem no fim de um ano, mas só entram em vigor no seguinte — o que explica, por exemplo, por que a CEO da EY, Janet Truncale, não entrou no top 100 em 2023, mas apareceu em 2024 (e novamente em 2025).
Com isso em mente, conheça as mulheres em ascensão que devem ter ainda mais destaque no próximo ano.
10 mulheres para ficar de olho em 2026
Natascha Viljoen, nova CEO da mineradora Newmont Corporation
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Natascha Viljoen
Executiva do setor de mineração, a sul-africana Viljoen ocupa o cargo de diretora de operações da Newmont Corporation desde 2023. Com US$ 97 bilhões (R$ 535,05 bilhões) em valor de mercado, a companhia anunciou em setembro que a executiva assumirá como CEO a partir de janeiro, e estará à frente da maior produtora mundial de ouro, cobre, zinco, prata e chumbo. “Crescer em uma família sul-africana ligada à mineração — meu pai era operador de máquinas de içamento — moldou minha paixão por esse setor desde cedo”, afirma Viljoen, destacando que navegar pelo ambiente “complexo” da mineração em 2026 e nos anos seguintes exigirá disciplina, inovação e foco.
Png Chin Yee, nova presidente da empresa de investimentos global Temasek
Reprodução/Singapore Management University
Png Chin Yee
Atualmente diretora financeira da Temasek, empresa estatal de investimentos de Cingapura com um portfólio de US$ 324 bilhões (R$ 1,79 trilhão), Chin Yee assumirá também o título de presidente em 2026, segundo anúncio feito em agosto. A empresa credita a ela a “reestruturação” do portfólio de serviços financeiros, que deixou de ser predominantemente focado em bancos para incluir serviços não bancários, como pagamentos digitais, gestão de patrimônio, infraestrutura de mercado e softwares financeiros.
Aicha Evans (CEO da Zoox) e Tekedra Mawakana (co-CEO da Waymo), líderes do mercado de veículos autônomos
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Aicha Evans e Tekedra Mawakana
Como CEO da Zoox e co-CEO da Waymo, respectivamente, Evans e Mawakana lideram empresas concorrentes de robotáxis que devem moldar o futuro do transporte nos Estados Unidos (e do mundo). A Zoox lançou seu serviço em Las Vegas em setembro, oferecendo corridas gratuitas na Las Vegas Strip, com planos de fazer o mesmo em São Francisco até o fim do ano. Se as duas empresas estão em uma corrida pela liderança na direção autônoma, a Waymo atualmente leva vantagem: seus robotáxis já realizam cerca de 300 mil corridas pagas por semana, avaliadas em pelo menos US$ 6 milhões (R$ 33,10 milhões) nas cinco cidades onde opera, e alguns investidores estimam que o potencial financeiro da Waymo esteja na casa dos trilhões de dólares.
Lucy Guo, cofundadora da Scale AI, e Luana Lopes Lara, brasileira cofundadora da Kalshi
Getty Images/Divulgação
Lucy Guo e Luana Lopes Lara
Em abril, a cofundadora da Scale AI, Lucy Guo, tornou-se a mulher bilionária mais jovem do mundo a construir sua fortuna por conta própria, superando a cantora Taylor Swift e se tornando uma das apenas seis bilionárias com menos de 40 anos (Guo tem 31). Hoje, ela comanda outra startup, a Passes, e no início de dezembro ainda era bilionária — embora não mais a mais jovem do mundo. Esse título agora pertence à brasileira Luana Lopes Lara, ex-bailarina formada pelo Bolshoi e cofundadora da Kalshi, gigante das apostas online em contratos futuros. A avaliação da empresa quintuplicou em menos de seis meses, e o volume semanal de negociações online frequentemente ultrapassa US$ 1 bilhão (R$ 5,52 bilhões), à medida que usuários recorrem à Kalshi para apostar em resultados de eventos esportivos, eleições e até acontecimentos da cultura pop.
Michelle Bachelet e Rebeca Grynspan, candidatas a secretária-geral da ONU
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Michelle Bachelet e Rebeca Grynspan
Bachelet foi a primeira mulher a ocupar a presidência do Chile, em 2006, e também é um nome a ser observado em 2026. Em setembro, ela anunciou que concorrerá ao cargo de próxima secretária-geral das Nações Unidas. Rebeca Grynspan, vice-presidente da Costa Rica entre 1994 e 1998 e atual secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, também foi indicada por seu país para a disputa. A eleição ocorrerá em 2026 e, se qualquer uma delas vencer, será a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da ONU.
