O anúncio do show de Réveillon do cantor Zezé Di Camargo, previsto para acontecer em Marabá (PA), acabou se transformando em uma crise política envolvendo a Prefeitura Municipal e o Governo Federal. O impasse teve início após o Ministério do Turismo cancelar o repasse de R$ 1 milhão, valor que financiaria a apresentação artística na virada do ano.
Segundo o prefeito Toni Cunha, a decisão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria motivação política. Em declarações públicas, o gestor municipal acusou o governo federal de perseguição política ao cantor Zezé Di Camargo, especialmente em meio às recentes polêmicas envolvendo o artista e a emissora SBT.
Apesar do cancelamento do recurso federal, a Prefeitura de Marabá garantiu que o show será mantido, afirmando que a contratação será custeada com recursos próprios do município. A administração municipal também informou que pretende acionar a Justiça para tentar reverter a decisão do Ministério do Turismo e recuperar o valor cancelado.
A contratação do artista, estimada em cerca de R$ 1 milhão, gerou forte repercussão nas redes sociais, com críticas relacionadas ao uso de dinheiro público para eventos festivos, especialmente em um cenário de demandas por investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.
O caso segue repercutindo no meio político e cultural, ampliando o debate sobre financiamento público de grandes eventos, liberdade artística e possíveis interferências políticas em decisões administrativas.
