O Paraná Clube oficializou no dia de seu aniversário a venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A situação só foi possível após acordo com os credores e a definição de um novo plano para o pagamento da Recuperação Judicial (RJ).
A grande diferença em relação à última Assembleia Geral dos Credores foi a forma de pagamento das dívidas. A Sede da Kennedy ainda irá a leilão, mas com a certeza de pagamento por parte do Banco Genial, que ficará com o terreno e já conversa com a Prefeitura de Curitiba para revogar a lei que obriga o local a ter finalidade social e desportiva.
Com a segurança de recebimento, os credores aceitaram reduzir o valor da dívida de R$ 70,8 milhões para R$ 60 milhões. Antes, eles temiam não receber com a imprevisibilidade do leilão da Kennedy. O pagamento será feito em dez prestações anuais, com carência de um ano a partir da venda da SAF no processo da RJ.
Quem vai comprar a SAF do Paraná?
Com sede no Rio de Janeiro, o Banco Genial também é o principal investidor da NextPlay Holding S.A., que vai adquirir a SAF do Paraná Clube através da Genial Investimentos. A empresa tem à frente o economista Pedro Weber, que será o CEO paranista e tem experiência como presidente do Azuriz e CEO do América-RN.
O investimento da NextPlay no Tricolor varia de R$ 212 a R$ 692 milhões, dependendo da competição que disputa no cenário nacional. A promessa é de pagamento das dívidas com a Receita Federal e o Banco Central, construção de centro de treinamento, compra da Vila Capanema e investimento no departamento de futebol.
Neste ano, o Banco Genial apareceu nos autos da investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) na Operação Carbono Oculto, que apurou esquema de lavagem de dinheiro envolvendo fundos de investimento ligados ao setor de combustíveis. No entanto, o próprio MP informou que a instituição só apareceu por conta da administração temporária do Fundo Radford, que foi alvo de bloqueios. Ou seja, o Genial e seus gestores não foram investigados.
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“O Banco Genial enfatiza que não há impactos em suas atividades e nas atividades das empresas de seu grupo econômico. Todas as atividades continuam a ser desempenhadas de forma rotineira e normal, em consonância com os mais elevados padrões de governança corporativa, ética e compliance regulatório, em estrita observância da legislação, da regulamentação aplicável e de seus deveres fiduciários que norteiam sua atuação”, destacou a instituição, na ocasião.
“A Instituição repudia veementemente qualquer insinuação de envolvimento nos fatos reportados pela imprensa e reafirma seu compromisso inabalável com a transparência e o cumprimento de seus deveres legais e regulatórios. O Banco Genial manifesta sua plena disposição para cooperar com as autoridades competentes e contribuir com todos os esclarecimentos que se façam necessários”, acrescentou o banco.
