O dólar recua no exterior, com investidores à espera de novos dados sobre a economia americana, em uma semana mais curta e de liquidez reduzida devido ao recesso de Natal. Nos Estados Unidos, serão divulgados na terça-feira os dados sobre o crescimento econômico do terceiro trimestre, os pedidos de bens duráveis e a pesquisa de confiança do consumidor do Conference Board.
Por volta das 8h30, o índice DXY – que mede a relação entre o dólar e uma cesta de moedas de países desenvolvidos – caía 0,11% a 98,49 pontos. Nesse contexto, o euro subia 0,18% a US$ 1,17314; a libra avançava 0,44% a US$ 1,34363 e o dólar caía 0,14% contra a moeda japonesa, negociado a 157,39 ienes.
A libra esterlina ganhou força após dados mostrarem que a economia do Reino Unido parece um pouco mais saudável do que se pensava anteriormente. O iene também se valorizava, após recuar 1,40% frente ao dólar na sexta-feira pressionado pelo avanço forte nos juros dos títulos japoneses. O Banco do Japão (BoJ) elevou os juros em 0,25 ponto percentual, para 0,75%, o nível mais alto desde 1995.
O Goldman Sachs vê uma leve depreciação do dólar no ano que vem. “Mantemos nossa visão central de que um desempenho menos superior dos Estados Unidos do que antes deve levar a um dólar menos forte ao longo do tempo”, diz o banco, em nota, ao divulgar suas projeções para 2026. Segundo o Goldman Sachs, os riscos estão equilibrados em torno de sua previsão.
Por um lado, sinais de um mercado de trabalho americano mais frouxo e de uma inflação em desaceleração poderiam levar a uma divergência política ainda maior e a um desempenho americano inferior ao que prevemos atualmente, o que prolongaria algumas das principais tendências que levaram o dólar a uma queda de 7% este ano, diz. “Mas, por outro lado, estamos cientes do risco de que o crescimento robusto dos Estados Unidos possa, mais uma vez, estabelecer um patamar elevado para o resto do mundo superar.”
