A semana do Natal, entre os dias 22 e 26 de dezembro, será marcada por um cenário de atenção em grande parte do Brasil, segundo a previsão do tempo. A combinação de calor, elevada umidade e instabilidades atmosféricas deve provocar temporais isolados, chuva volumosa e sensação de abafamento, com impactos diretos nas atividades no campo e risco de transtornos urbanos.
Região Sul
A instabilidade ganha força sobretudo no Rio Grande do Sul, onde a chuva ocorre desde as primeiras horas do dia, variando de moderada a forte intensidade. O oeste gaúcho e o oeste de Santa Catarina entram em alerta para temporais severos, com possibilidade de ventos acima de 100 km/h e granizo.
Os acumulados no oeste do RS podem ultrapassar 200 mm entre segunda e terça-feira, elevando o risco de alagamentos, deslizamentos e paralisação das atividades no campo. Nas demais áreas do estado, a chuva fica próxima de 50 mm, garantindo boa umidade do solo.
Em Santa Catarina, os volumes variam entre 30 e 40 mm, com atenção para temporais no período da tarde. Já no Paraná, o tempo será mais quente e seco, com máximas acima de 30 °C e chuva pontual entre quinta e sexta-feira, somando até 20 mm.
Região Sudeste
O predomínio é de tempo mais firme, com sol entre nuvens e temperaturas elevadas. No interior de São Paulo e em Minas Gerais, os termômetros superam os 33 °C, exigindo cuidados extras com hidratação durante o trabalho no campo.
A chuva ocorre de forma fraca e isolada no norte e leste de Minas, Espírito Santo, áreas do Rio de Janeiro e norte e oeste paulista. Entre segunda e quarta-feira, há risco de temporais no centro-norte mineiro e no Espírito Santo, influenciados por um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), com possibilidade de ventos fortes, granizo e danos à infraestrutura. Os acumulados semanais ficam entre 10 e 15 mm.
Centro-Oeste
O calor e a umidade seguem elevados, favorecendo pancadas de chuva e temporais localizados. Em Mato Grosso do Sul, as máximas variam entre 34 °C e 36 °C, com chuvas irregulares que somam até 15 mm.
Em Goiás, os acumulados chegam a 20 mm no centro-sul e podem alcançar 40 mm no centro-norte, mantendo boa umidade do solo. No Mato Grosso, a porção centro-norte registra até 70 mm, beneficiando lavouras de soja em desenvolvimento, enquanto o sul do estado recebe entre 20 e 30 mm.
Região Nordeste
A chuva ganha intensidade no Maranhão, Piauí, oeste da Bahia, Ceará e oeste de Pernambuco, com volumes de moderados a fortes. No oeste baiano, Maranhão e Piauí, os acumulados variam entre 30 e 40 mm, permitindo o avanço da semeadura da soja.
Em contrapartida, o nordeste da região enfrenta uma semana mais quente e seca, com máximas acima de 34 °C e risco elevado de focos de incêndio. Nessas áreas, a chuva é fraca e irregular, entre 5 e 10 mm, sem aliviar o déficit hídrico.
Região Norte
A umidade predomina em praticamente toda a região. Rondônia, Acre e Amazonas podem registrar volumes acima de 100 mm, contribuindo para a recuperação dos níveis dos rios e da umidade do solo.
No Pará, Tocantins, Roraima e Amapá, os acumulados variam entre 40 e 70 mm, com risco de temporais pontuais. Apesar da sensação de tempo abafado, o cenário favorece a manutenção das pastagens e o avanço da semeadura da soja.
