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Como o ESG pode contribuir para tornar uma empresa mais resiliente? Esta é a proposta de novo livro | ESG

by admin

O que torna um negócio verdadeiramente resiliente? É com esta indagação em mente que Filipe Alvarez, Gustavo Loiola, Orlando Nastri e Onara Lima desenharam ao longo de 160 páginas do livro “Visão ESG – Negócios Resilientes” argumentos sólidos e realistas de como o ESG – sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança corporativa – pode ajudar as empresas a se adequarem a um mundo em grande transformação.

“Não se trata apenas de mitigar riscos. O ESG bem aplicado é uma ferramenta de inovação, competitividade e perenidade. É a nova linguagem do capital”, afirmam os autores

A obra contextualiza o atual cenário ESG no Brasil e aponta que muitos líderes empresariais ainda não compreenderam com exatidão o que precisam fazer. “A ideia do livro partiu justamente da falta, aqui no Brasil, de um material que olhasse com profundidade pro ESG como estratégia de negócio”, conta Nastri. A conexão, segundo ele, só é possível porque o livro foi construído também a partir de diversas entrevistas com renomados profissionais de ESG/Sustentabilidade, mas também com C-level de empresas de diferentes setores. “É uma visão realista, prática, de como o ESG pode ser incorporado e quais as limitações”, diz.

Foram entrevistados: Carlos Takahashi, diretor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima); Denise Hills, conselheira de empresas como Porto, Banco ABC Brasil, Transmissora Aliança de Energia Elétrica e da Anbima; Gilberto Peralta, CEO da Airbus Brasil; José Guilherme Amato, líder de Carbon Trading na Auren Energia; Juliana de Paula, diretora de Responsabilidade Social do BTG Pactual; Miguel Setas, CEO da Motiva (ex-CCR); Monica Kruglianskas, diretora da FIA/PROGESA; Paulo Gandolfi, CEO da 3M Brasil; Paulo Miranda, fundador da Deep ESG (ex-OEA); Priscila Grecco, diretora Financeira da Itaúsa; Renata Faber, diretora de ESG da Exame; Sonia Consiglio, conselheira e membro de comitês ESG em empresas como CBA, Citrosuco e Vinci Partners; Yuri Marinho, CEO da Eccon Soluções Ambientais.

“Considerando que ESG não é uma tendência passageira, tampouco um conceito abstrato, de responsabilidade social corporativa, ele deve ser compreendido como um modelo avançado de gestão de riscos e oportunidades, essencial para a perenidade das empresas do século XXI”, explicam os autores.

Prova de que a transformação econômica está acontecendo é que alguns elementos antes considerados intangíveis ou externos à lógica financeira da organização, tais como emissões de carbono, impactos sociais negativos e degradação ambiental, passaram a ser quantificados, monitorados e incorporados aos modelos de decisão econômica. “Isso redefiniu o que é ‘viável’ ou ‘rentável’ em projetos de investimento e operação de longo prazo.

“Sem planeta, não tem EBITDA”, resume Alvarez, na obra.

Ao longo dos capítulos, os autores trazem dados e aprendizados sobre o impacto das mudanças climáticas nos negócios; falam sobre como fatores sociais, como o fator geracional e a busca por impacto positivo no trabalho, precisam ser observados de perto pelos líderes empresariais na construção de processos e políticas internas; desenham o mapa do novo fluxo de capitais que deve chegar à economia verde; e trazem tendências, como, por exemplo, a biodiversidade como motor econômico, em especial, no Brasil.

“O desafio não é apenas técnico, mas, sobretudo, cultural e estratégico. Ainda se trata de mitigar riscos, sim, mas a agenda se amplia, incorporando reputação e a capacidade de transformar externalidades em oportunidades de inovação, competitividade e perenidade empresarial”, afirma César Gioda Bochi, diretor-presidente do Sicredi, no prefácio no livro.

São abordados com detalhes temas como a exposição das empresas às mudanças climáticas e, portanto, a necessidade de incorporar a emergência climática com seus riscos físicos, regulatórios e de transição na estratégia corporativa. A reconfiguração do fluxo de capital, com novos parâmetros para acesso à capital e valuation das empresas também é citada. Os autores também abordam os desafios de escassez de recursos e sourcing global, questões ligadas à pressão sob as cadeias produtivas globais e importância de estratégias que abordem temas de circularidade e ecodesign.

Entre as novas tendências empresariais, em vários pontos do livro, os autores trazem a questão da ética ligada à sustentabilidade e à governança. O próprio César Bochi, diretor-presidente do Sicredi, fala sobre o assunto no prefácio do livro: “A ética e a sustentabilidade convergem para moldar um novo perfil profissional, capaz de liderar o diálogo com as novas gerações – que anseiam por vínculos alinhados a valores pessoais, à diversidade e à contribuição social”, dita o tom das páginas seguintes.

Filipe Alvarez – Executivo sênior em Sustentabilidade, com 18 anos de experiência em ESG, mudanças climáticas e finanças sustentáveis. Biólogo (UNESP), Mestre em Sustentabilidade (USP) e MBA em Aviation Management (Embry-Riddle). Professor de ESG na FGV e da FIPECAFI e de Gestão de Projetos na FIA. Atua em fóruns estratégicos nacionais e internacionais, liderando iniciativas que conectam sustentabilidade, inovação e governança à geração de valor nos negócios.

Gustavo Loiola – Palestrante, professor e consultor em Sustentabilidade e ESG, com mais de 15 anos de atuação. Doutorando na FGV, com formações na Columbia, Audencia e ESSEC. Atuou com desenvolvimento de lideranças no UN Global Compact/PRME e passou por organizações como Correios, Ashoka e EBANX. Atualmente, lidera programas educacionais e é professor de Educação Executiva em instituições no Brasil e no exterior.

Orlando Nastri – Executivo de temas ESG, com 10 anos de experiência no Brasil e no exterior. Atuou no Grameen Bank (Bangladesh), instituição laureada com o prêmio Nobel da Paz e criadora do microcrédito. Head ESG na Citrosuco, da Votorantim. Conselheiro no Sustainable Juice Covenant (Holanda) e no Ipsos ESG Council (América Latina). Professor de MBA em escolas de negócios, como FIA, FGV e PUC. Administrador pela USP, mestre pela FGV e possui formação executiva pela Stanford, IMD e Harvard.

Onara Lima – Executiva de Sustentabilidade com 23 anos de atuação. Especialista em Sustainable Business Strategy (Harvard Business School) e em ESG Risk Management (University of Cambridge). Fundadora da ESG Advisory Onara Lima, Conselheira de Administração formada pelo IBGC, professora e palestrante. Passou por empresas como Gerdau, Suzano e CCR. Reconhecida como LinkedIn Top Voice e figura entre os 100 Mais Influentes da Energia em Sustentabilidade.

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