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Moradores retornam à área afetada por rompimento de barragem no Tocantins e Ministério Público avalia os danos ambientais

by admin

Quatro dias depois do rompimento da barragem de uma central hidrelétrica no município de Ponte Alta do Bom Jesus, no sudeste do Tocantins, todos os moradores já retornaram à área afetada pelo vazamento de água e não há registro de vítimas.

Os danos ambientais, no entanto, são visíveis, como informa o secretário do Meio Ambiente do município, Natalício Torres da Silva. “Estão fazendo o levantamento dos danos ambientais. Teve e foi grave”, diz. Ele relata que a água arrastou muitas árvores e causou desbarrancamento nas margens do rio Ribeirão Bonito. O rio fica a cerca de 10 quilômetros da área urbana do município, que não foi atingida.

Entre domingo e segunda-feira, uma equipe do Ministério Público do Tocantins (MP-TO), por meio do Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma), esteve na região realizando vistoria técnica e avaliação dos impactos do rompimento.

“A partir dos dados coletados pelo Caoma, serão avaliados o processo de licenciamento ambiental, os estudos aprovados e os fatos que levaram ao rompimento do barramento, visando, principalmente, verificar a extensão dos danos ambientais e sociais provocados”, informa nota publicada no site do MP-TO.

Segundo o comunicado, com base nesses relatórios, o Ministério Público irá avaliar a necessidade da adoção das medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis para a reparação dos danos e a responsabilização dos envolvidos.

O rompimento aconteceu na manhã de sexta-feira (19), na barragem vinculada à Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Surreal, empreendimento do Grupo ZX, em fase final de construção e ainda não estava em operação.

De acordo com informações publicadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (CBMTO), o rompimento aconteceu “em aproximadamente dois metros da crista da barragem, no momento em que era realizado o fechamento do vertedouro [estrutura que permite o controle do nível de água]”.

Ainda de acordo com o MPTO, a empresa apresentou as licenças ambientais expedidas pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e coletou amostras de água para avaliar se está apropriada para consumo. O Brasil de Fato entrou em contato com o Grupo ZX, mas não teve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto à manifestação. A empresa, com patrimônio líquido de R$ 6,89 milhões em 2024, tem seis centrais hidrelétricas. No site oficial, não há informação sobre o local das usinas.

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