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Parte de escola de Buriticupu desaba um ano após reforma de R$ 225 mil

by admin

Parte da estrutura da Escola Municipal Antônio Joaquim, localizada no povoado Segundo Núcleo, em Buriticupu, começou a desabar na manhã desta segunda-feira (22), deixando o prédio em situação de total insegurança para alunos e funcionários. O episódio mostra o retrato do descaso com o dinheiro publico e o compromisso com a maquina pública.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um cenário alarmante, telhado cedido, forro destruído, ventiladores no chão e uma grande quantidade de entulhos espalhados pelo corredor principal da unidade. As imagens causaram revolta e indignação na população.

Apesar do susto, não houve feridos, já que no momento do desabamento não havia alunos nem funcionários na escola. Ainda assim, o risco foi real e poderia ter terminado em tragédia.

O caso se torna ainda mais grave diante de um dado oficial, em junho deste ano, a Prefeitura de Buriticupu pagou cerca de R$ 225 mil por serviços de manutenção e reforma da escola, conforme registros públicos. O valor deveria garantir exatamente o que não aconteceu: segurança estrutural.

Menos de um ano após o investimento, o colapso na estrutura expõe um cenário surreal e levanta dúvidas sobre a qualidade da obra, a fiscalização do contrato e o controle dos recursos da educação. A situação reforça a percepção de que o dinheiro público foi mal aplicado, ou pior, apenas formalmente gasto.

O desabamento da escola não surge como um fato isolado, mas se soma a um histórico recente e grave de irregularidades que já pesa sobre a gestão do prefeito João Carlos Teixeira da Silva. Em novembro deste ano, o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação imediata do mandato do prefeito e do vice, apontando um dos mais sérios casos de abuso de poder político e econômico já registrados em Buriticupu.

De acordo com o MPE, o gestor transformou a construção e a inauguração de poços artesianos em ferramenta de favorecimento eleitoral, utilizando obras de origem não esclarecida, retomadas estrategicamente às vésperas da eleição, pintadas com as cores da gestão e exploradas politicamente em atos públicos e comícios. Para o órgão, houve desvio de finalidade, uso da máquina pública para autopromoção e desequilíbrio do processo eleitoral, reforçando um padrão de gestão marcado mais pela propaganda do que pelo respeito à legalidade e à segurança da população.

Do site SLZ Online

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