Morreu nesta quarta-feira (24) Tainara Souza Santos, de 31 anos, a mulher que foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê, em São Paulo, no final de novembro. A vítima, que teve as duas pernas amputadas em decorrência do crime, não resistiu aos ferimentos.
Tainara Santos, jovem que perdeu as pernas ao ser arrastada por carro/Foto: Reprodução
A confirmação da morte foi feita pela mãe de Tainara, que publicou uma mensagem nas redes sociais lamentando a perda da “nossa Guerreirinha”. O principal suspeito do crime, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, ex-companheiro de Tainara, está preso.
O caso
O crime aconteceu no dia 30 de novembro, após uma discussão em um bar na Zona Norte de São Paulo. Segundo testemunhas, Douglas Alves da Silva não aceitava o fim do relacionamento e, por ciúmes, usou o carro para atropelar Tainara. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a jovem é atingida e, em seguida, arrastada pelo veículo em uma das vias mais movimentadas da capital.
Desde o ocorrido, Tainara estava internada em estado grave no Hospital Municipal Vereador José Storopolli, na Vila Maria. Ela passou por múltiplas cirurgias e teve as duas pernas amputadas. A história de Tainara, mãe de dois filhos, gerou grande comoção nacional, e sua luta pela vida foi acompanhada por milhares de pessoas, como pode ser visto em reportagens no site da BandNews FM.
A morte
A mãe de Tainara, que a acompanhou durante todo o período de internação, publicou uma mensagem confirmando a morte da filha:
“É com muita dor que venho avisar que nossa Guerreirinha a Tay nos deixou, Descansou, agradeço desde já, Todas as mensagens de oração Carinho e amor que vcs tiveram, Comigo e pela minha filha. Ela acabou de partir desse mundo Cruel e está com Deus, é uma Dor enorme mas acabou O sofrimento e agora é pedir Por justiça”
A declaração reforça o pedido da família, que desde o início clama por justiça. Em entrevistas anteriores, a mãe de Tainara já havia afirmado que seria “as pernas” da filha, demonstrando a força e a esperança que marcaram a luta da família.
Próximos passos
Douglas Alves da Silva foi preso em flagrante horas após o crime e responde por tentativa de feminicídio. Com a morte de Tainara, a acusação contra ele deve mudar para homicídio qualificado, com agravantes como o motivo fútil e o uso de meio cruel que impossibilitou a defesa da vítima. A defesa de Douglas alega que ele não tinha a intenção de matar. O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que irá concluir o inquérito e remetê-lo ao Ministério Público para o oferecimento da denúncia formal.
