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Religioso acusado de abuso já havia importunado adolescentes em escola

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O “líder religioso” Rafael Maia Carlos Fonseca. Foto: Reprodução

O “líder religioso” Rafael Maia Carlos Fonseca, de 49 anos, investigado por usar a religião como pretexto para abusar sexualmente de mulheres, também é suspeito de ter molestado adolescentes em um colégio particular de Águas Claras, no Distrito Federal.

O homem foi preso nesta quarta-feira (24) pela Polícia Civil do Distrito Federal. Antes dos crimes atribuídos ao contexto religioso, ele atuou como professor de filosofia na escola, onde ex-alunas relatam episódios de abuso.

Após a divulgação da prisão, dezenas de relatos semelhantes surgiram nas redes sociais. Uma ex-aluna afirma que foi tocada nos seios e nas pernas e beijada à força quando tinha 14 anos.

“Eu tinha 14 anos de idade à época dos fatos”, disse ao Metrópoles a jovem, que terá a identidade preservada. Segundo ela, o professor levava turmas ao auditório, colocava um filme e se aproveitava do ambiente escuro para importunar alunas.

“Enquanto os demais alunos assistiam ao filme, ele pedia que algumas alunas se sentassem próximas a ele”, relatou.

A ex-aluna contou ainda que adormeceu durante a exibição e acordou assustada: “Acordei assustada ao perceber que o professor estava ao meu lado, passando a mão nos meus seios e nas minhas pernas”. Ao fim do filme, mesmo com a presença de uma amiga, ela diz que foi beijada à força.

“O professor segurou a minha cabeça e me deu um ‘selinho’ forçado. Em seguida, riu, saiu do auditório e agiu como se nada tivesse acontecido.”

A vítima não registrou ocorrência na época, mas alunas criaram um blog com relatos que ganhou repercussão dentro da escola. Depois disso, Rafael foi demitido. Os depoimentos ressaltam a idade das vítimas e a posição de autoridade exercida pelo professor sobre os estudantes.

“Malunguinho”

A investigação da PCDF aponta que Rafael mantinha uma instituição religiosa e se aproveitava da fé e da confiança de mulheres para abusá-las. Ele afirmava incorporar uma entidade chamada “Malunguinho”, exigia que as fiéis retirassem as roupas, passava um pó nelas e oferecia bebida alcoólica.

Os abusos teriam ocorrido de forma gradual, com toques indesejados e invasivos, causando constrangimento, medo e sofrimento emocional.

A operação policial busca responsabilizar o investigado, reunir novas provas e identificar outras vítimas. “Mulheres que tenham sofrido situações semelhantes são orientadas a procurar a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I, registrar ocorrência por meio da delegacia eletrônica ou comparecer à delegacia mais próxima de sua residência. Denúncias também podem ser feitas pelo telefone 197, com garantia de sigilo”, orientou a delegada-chefe da Deam I, Adriana Romana.

Rafael Maia Carlos Fonseca, de 49 anos, preso por abusos sexuais contra mulheres no DF. Foto: PCDF



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