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O Dia que Papai Noel morreu

by admin

O melhor presente, mas não era dele

AQUILES EMIR

Estava na faixa dos meus sete anos quando testemunhei a morte de um dos seres que mais embalaram minhas fantasias de criança: Papai Noel.

Estávamos, naquela época, atravessando um momento muito delicado nas economias da família, e as até mesmo itens essenciais eram regrados, mas sempre acreditava que no dia do Nascimento de Jesus um presente estaria reservado para mim.

Recordo bem esse dia, porque na véspera, enquanto mamãe engomava roupas num ferro aquecido a brasas de carvão, eu falava dos meus desejos para aquela noite de Natal. Até mesmo um carrinho com pedais, para andar pelas ruas, entrou nos meus delírios, ditos em voz alta, talvez tentando fixar na cabeça da minha o que deveria receber.

Àquela época, ao contrário do que muita gente imagina, o governo federal já tinha suas políticas, e por isto todos os anos, com bastante antecedência, nos meses que antecediam o início das atividades escolares, era feita a distribuição de material didático: livros, cadernos, lápis (comum e de cor), réguas, apontado de lápis… Como ocorria todos os anos, minha mãe com bastante antecedência foi retirar esse material, e deixou tudo organizado na parte superior do guarda roupas.

Pois bem, naquela noite de 24 de dezembro, obediente fui dormir cedo para aguardar Papai Noel, que àquela horas já estava vindo de casa em casa, de todas as cidades, de todos os países do Mundo cumprindo a sua missão de Bom Velhinho.

Quando o dia amahenceu, e olhei para debaixo de minha rede vi algo bem volumoso, embrulhado em papel de presentes. Saltei na maior expectativa de encontrar um brinquedo, mas ao rasgar o papel deparei-me com três cadernos

 

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