Nasry Asfura, candidato conservador do Partido Nacional de Honduras, foi eleito presidente nas eleições de 2025, após uma disputa acirrada e marcada por atrasos na apuração e acusações de fraude.
O resultado oficial foi anunciado no dia 24 de dezembro, com Asfura obtendo 40,3% dos votos, superando por uma margem apertada o candidato de centro-direita Salvador Nasralla, que obteve 39,5%. Asfura, apoiado por Donald Trump, substituirá a presidente Xiomara Castro, que liderou o país com uma agenda progressista desde 2021. As informações são do g1.
A eleição foi caracterizada por atrasos na apuração, problemas técnicos e disputas sobre a validade de alguns votos, levando à recontagem manual de cédulas. Observadores internacionais, no entanto, não encontraram evidências de fraude generalizada, mas o processo gerou desconfiança, com Nasralla e líderes do partido governista LIBRE contestando os resultados. Asfura, por sua vez, destacou os avanços econômicos, como o crescimento do PIB e a segurança nacional, como conquistas de sua campanha.
Trump, que havia manifestado apoio a Asfura antes das eleições, continuou a interferir após os resultados, acusando fraude e pressionando pela manutenção da vitória do candidato conservador. O ex-presidente dos EUA chegou a ameaçar cortar a ajuda financeira a Honduras caso os resultados favoráveis a Asfura fossem alterados. O apoio de Trump é visto como parte de uma estratégia para consolidar um bloco conservador na América Latina, com líderes como Nayib Bukele, de El Salvador, e Javier Milei, da Argentina, ao seu lado.
Asfura tem uma trajetória política marcada por sua gestão como prefeito de Tegucigalpa, onde foi reconhecido por obras de infraestrutura. No entanto, ele também enfrenta investigações por supostos desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, acusações que ele nega, alegando motivação política. Durante sua campanha, ele se posicionou contra os extremos políticos, afirmando que seu governo buscaria soluções equilibradas para o país.
O novo presidente de Honduras também se comprometeu a fomentar o investimento privado e melhorar a segurança pública, focando em emprego e educação como principais pilares de seu governo. Sua eleição é um marco importante para o país, após a volta da esquerda ao poder com Xiomara Castro, mas sua vitória ainda está envolta em controvérsias sobre a integridade do processo eleitoral.
A transição de poder está prevista para ocorrer no dia 27 de janeiro de 2026, quando Asfura assumirá o cargo. As próximas semanas serão fundamentais para entender o impacto das disputas eleitorais e as implicações das ações de Trump na política hondurenha.
