O ator francês Gérard Depardieu completa 77 anos neste sábado 27 de dezembro, data que reacende discussões não apenas sobre sua extensa carreira no cinema, mas também sobre episódios que envolveram seu patrimônio. Um dos mais emblemáticos ocorreu em 2012, quando ele decidiu colocar à venda sua casa em Paris, em meio a um intenso debate público sobre impostos, riqueza e domicílio fiscal.
Venda da casa em Paris
Em 2012, Depardieu colocou à venda sua residência localizada no tradicional bairro de Saint-Germain-des-Prés, uma das regiões mais valorizadas da capital francesa. O imóvel à venda é uma vasta mansão do século 19, há décadas frequentada por escritores, músicos e marchands. Na época, seu corretor imobiliário não quis revelar o preço do imóvel, que é tombado como monumento nacional e, além do casarão, inclui piscina, jardins e um anexo ultramoderno, que já serviu como teatro. A decisão veio no auge da polêmica envolvendo sua mudança de residência fiscal para a Bélgica, anunciada como forma de protesto contra o aumento da taxação sobre grandes fortunas na França.
Na época, a venda do imóvel foi interpretada como um gesto simbólico e político, intensificando críticas de autoridades francesas e gerando amplo debate na imprensa internacional. O caso transformou o ator em um dos rostos mais conhecidos da discussão sobre evasão fiscal, ainda que ele sempre tenha negado irregularidades.
Patrimônio construído ao longo de décadas no cinema
Com mais de 200 filmes no currículo, Gérard Depardieu construiu uma das carreiras mais prolíficas do cinema europeu. Clássicos como Cyrano de Bergerac, Green Card e a franquia Asterix garantiram reconhecimento mundial e contratos milionários ao longo de décadas. Depardieu foi indicado ao César de Melhor Ator Principal 17 vezes durante sua carreira e ganhou duas vezes, em 1981 e 1991. Ele também foi indicado ao Oscar em 1990 por seu papel em Cyrano de Bergerac
Embora não haja números oficiais e recentes sobre o valor exato de sua fortuna, estimativas publicadas ao longo dos anos apontam que o ator acumulou um patrimônio significativo, sustentado não apenas pelo cinema, mas também por investimentos, direitos autorais e atividades paralelas, como o setor de vinhos.
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