Home » VÍDEO: FROTA CUTUCA E A INTERNET RI: CADÊ O MILAGRE PARA O SOLUÇO DO BOLSONARO?

VÍDEO: FROTA CUTUCA E A INTERNET RI: CADÊ O MILAGRE PARA O SOLUÇO DO BOLSONARO?

Entre oração e hospital, quem manda é o soluço

by admin

O soluço que humilhou o “cura tudo” na TV

Alexandre Frota olhou pro noticiário, viu Bolsonaro travado no hic e fez a pergunta que todo brasileiro faria: se o ex-presidente anda com “os 10 bispos mais poderosos do Brasil”, desses que na TV “curam de tudo”, por que não deram conta nem de um soluço?

E pronto: nasceu o meme perfeito. Porque soluço é exatamente isso, um problema pequeno o suficiente pra virar piada e grande o bastante pra irritar até o mais blindado dos personagens públicos.

O deboche de Frota foi cirúrgico

O que Frota fez não foi só zoeira. Foi um “teste de realidade”. Ele pegou a vitrine dos milagres, cura de vício, cura de doença, dívida que evapora, prosperidade que cai do céu, e colocou do lado um problema chato, repetitivo e muito humano: hic hic hic.

A sacada é simples: quando a promessa é “cura geral”, o mínimo que se espera é que ela enfrente o básico. Só que o básico, nesse caso, virou o chefão final.

E aí entra a pergunta que arde: cadê a turma do “resolve tudo” quando o paciente é de casa?

Cadê Malafaia, Macedo, Feliciano e a tropa do “amém”?

Na internet, o “cadê?” é uma arma de cobrança moral. E Frota mirou no elenco que muita gente associa ao bolsonarismo evangélico: líderes midiáticos, influência, força de mobilização, discurso de certeza.

Só que o texto do Frota, no fundo, não cobra “cura” como quem faz oração. Cobra como quem aponta contradição: se a narrativa vende poder espiritual com resultado garantido, então por que o resultado não aparece no caso mais público do momento?

Porque, vamos combinar: se na TV “cura vício” e “cura doença”, um soluço era pra ser resolução de intervalo comercial.

No fim, o soluço é o protagonista (e o resto é figurante)

O episódio não prova nada sobre fé em si. Mas expõe uma coisa sem dó: o limite do espetáculo.

Porque, quando a narrativa é grande demais, qualquer falha pequena vira terremoto. E o soluço é isso: pequeno, repetitivo, irritante… e impossível de fingir que não existe.

Talvez seja por isso que a zoeira do Frota pegou tão forte. Não é sobre “curar” Bolsonaro. É sobre a distância entre o que se vende e o que se entrega.

E, nesse capítulo, o diafragma está vencendo.

 

You may also like

Leave a Comment