Enquanto o prefeito de Parnarama, Juvenal Silva, entra para a história ao pagar 14º, 15º e até 16º salário aos servidores da educação, algo inédito no Maranhão, a vizinha Matões, com população e arrecadação semelhantes, segue um caminho bem diferente.
Em Matões, na gestão do prefeito Nonatinho, os profissionais da educação encerram o ano sem qualquer salário extra, sem bônus, sem gesto de valorização por parte do município. E isso tem causado revolta silenciosa entre servidores e barulho nas redes sociais.
O líder político da oposição em Matões e presidente da Agemleste, Gabriel Tenório, foi direto ao ponto. Ao parabenizar publicamente o feito de Parnarama, também escancarou a pergunta que ecoa entre os educadores matoenses:
Se deu certo em Parnarama, por que não pode acontecer em Matões?
Gabriel lembrou que, durante anos, aliados das gestões passadas em Matões tentaram vender como grande feito o simples pagamento em dia dos salários: “Pagar em dia não é favor, é obrigação. Isso é o mínimo.”
E está correto. Prefeitos que querem se destacar, que pensam grande e que realmente acreditam na educação como motor do desenvolvimento, fazem mais. Planejam, economizam, priorizam e valorizam quem está na sala de aula todos os dias.
O exemplo de Parnarama desmonta qualquer desculpa técnica. A legislação é a mesma. O FUNDEB é o mesmo. A realidade econômica é parecida. O que muda é a vontade política.
Enquanto Juvenal Silva escolheu investir no servidor e motivar a categoria, a gestão de Matões preferiu a política do básico, do mínimo, do “já está bom assim”. E quem paga o preço são os profissionais da educação, que seguem sem o reconhecimento que merecem.
Como bem resumiu Gabriel Tenório, valorizar servidor não é gasto, é investimento. Investimento em qualidade de ensino, em motivação, em futuro.
