Campeão brasileiro pelo Botafogo em 1995, Wilson Gottardo afirmou entender a ira da torcida com a saída de Marlon Freitas para o Palmeiras, mas defendeu o volante, capitão nos títulos da Libertadores e do Brasileiro de 2024. O ex-zagueiro participou neste sábado do “Jogo das Estrelas”, promovido por Zico no Maracanã, e conversou com o “GE”.
— É lógico que a torcida é implacável. Cheguei a jogar contra o Botafogo aqui e eles marcam pressão. Marlon Freitas vai sofrer um pouquinho com isso (risos), mas é importante que os torcedores mais lúcidos entendam que o trabalho dele foi muito bem feito. Ele honrou a camisa, ajudou, foi além de jogar, conseguiu fortalecer o grupo, ajudar os treinadores… E as conquistas, ano passado foi maravilhoso. Torcida não pode apagar isso aí, simplesmente falar: “Está tudo esquecido, daqui para a frente é o nosso inimigo”. Tem que respeitar a pessoa principalmente – disse.
Wilson Gottardo viveu uma situação semelhante, quando deixou o Botafogo em 1990, depois do bicampeonato Carioca, para defender o rival Flamengo. Ele retornou ao Glorioso em 1994 e ficou até 1996, com uma breve pausa para defender o São Paulo.
— Torcedor é passional, ele quer que o atleta seja seu o resto da vida. Porém, o mercado não é bem assim. Antigamente, o jogador ficava no clube três, quatro, cinco anos, ou até mais. No meu caso, eu fiquei, na primeira parte, quatro temporadas, e na segunda, três. Ou seja, sete. No meu caso é um pouco diferente porque eu saí do Botafogo, não tinha contrato, fiquei disponível no mercado e fui para o Flamengo. Três anos depois eu retornei ao Botafogo, então é um caso um pouco diferente do caso do Marlon Freitas – completou Gottardo.
