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Vascaíno por causa da avó, Phillipe Gabriel sonha de brilhar em São Januário

by admin

Phillipe Gabriel projeta terceira Copinha pelo Vasco

Antes da final da Copa do Brasil, durante o aquecimento dos goleiros do Vasco, havia um torcedor vascaíno atrás dos gols, mas não era um fã qualquer. Aos 19 anos, o goleiro da base Phillipe Gabriel apoiava os companheiros de posição, enquanto cantava as músicas da torcida no Maracanã. Badalado desde cedo, o jovem arqueiro é fanático pelo clube e sonha em viver mais finais com a camisa vascaína.

Quase todo mundo já sabe que Phillipe Gabriel é filho do ex-zagueiro Luiz Alberto, que atuou pelo Flamengo e pelo Fluminense. Mas pouca gente sabe que o goleiro, que está no Vasco desde os 11 anos, chegou ao clube graças à avó portuguesa, que o inscreveu em uma peneira em Niterói. Mesmo com um pai que atuou nos rivais, o coração do goleiro é vascaíno desde pequeno.

— Minha avó era portuguesa, então minha mãe pegou essa vibe de vascaíno e passou para mim. Ela que me inscreveu na peneira que eu fui lá em Niterói, do Vasco. Estou desde os 11 anos no clube, já entrei torcedor e hoje eu sou fanático pelo clube. A cada dia que você que você passa ali dentro do clube, você vai se apaixonando ainda mais. Não tem como você não aumentar a tua emoção pelo clube, porque é um clube muito grande, clube de muita história.

— Poder estar presenciando aquela final ali foi uma coisa mágica. O que a torcida faz não tem palavras. Mesmo eu estando ali de fora, não estando envolvido no jogo, eu estava arrepiado ali dentro. O estádio já estava lotado no aquecimento.

O vínculo do goleiro é válido até dezembro de 2027 – o anterior ia até maio de 2025. A multa para times do exterior é de 60 milhões de euros (R$ 390 milhões na cotação atual).

Para brilhar no Vasco, Phillipe Gabriel se inspira em seus companheiros de posição. O jovem goleiro fez questão de elogiar todos os jogadores da posição do atual elenco. Do consagrado Léo Jardim aos mais jovens Allan Victor e Pablo.

— Com os goleiros é muito tranquilo. O Pablo era minha referência ali na base. Como o Pablo e Allan são mais velhos que eu, eu no Sub-15 acabava assistindo todos os jogos deles. O Léo é um cara muito experiente, é bem tranquilo, me ajuda muito nessa questão de transição base profissional. É um cara muito trabalhador. É tudo isso que ele vem fazendo nessa temporada. É merecido porque ele trabalha muito. O Fuzato chegou agora, mas também agrega muito para a gente a experiência lá da Europa.

— Os dois já passaram muita coisa para nós. Então eu fico muito feliz, tão novo, estar convivendo com goleiro de tão alto nível assim. É um privilégio para mim. E eu tento aprender o máximo com eles. Não posso deixar de passar essa oportunidade. São goleiros que tiveram no mais alto nível. O Léo Jardim jogou Champions League, o Fuzato também estava na Europa.

Phillipe Gabriel cita experiência no profissional e lembra gol de cabeça contra o Flamengo

Phillipe Gabriel é mais um goleiro revelado no Vasco. O clube, que tem tradição em revelar jogadores da posição, tem nas mãos um arqueiro com histórico nas seleções brasileiras de base. Ele é frequentemente convocado desde o Sub-15. E vê isso como um trunfo na Copinha, o tradicional torneio de base que começa em janeiro de 2026.

— Essa já é minha terceira Copinha, acabou que a primeira eu fiquei no banco. No primeiro ano sub-20 acaba sendo meio complicado, mas eu fiquei no banco na minha primeira Copinha. Ano passado a gente fez uma competição muito boa. A energia da competição… a torcida é muito parecida com o do profissional. É uma competição muito importante para a nossa formação.

— Passei por diversas situações. Desde o Sub-15, tendo vivências em jogos grandes. Me ajudou muito a experiência na Seleção. O treinador de goleiro que fala: “você é o experiente, é meio que um veterano, mas para ambiente profissional, você ainda é um garoto”.

Phillipe Gabriel, goleiro do Vasco, marca gol contra Flamengo

O Vasco chegou às quartas de final da Copinha de 2025, mas foi eliminado para o Corinthians. Phillipe Gabriel ficou marcado pelas ótimas atuações ao longo da competição, mas também pelas cobranças e provocações dos torcedores adversários.

— Vou te falar que eu fui pego de surpresa. Não esperava esse ambiente tão hostil, mas te falar que eu já tinha passado por isso antes, pude jogar o sul-americano no Equador. E quando se trata de Brasil, todo mundo quer torcer a favor da outra seleção. Não está tão do lado do Brasil. Então acabei pegando estádios lá que tinham essa hostilidade, mas acabou que no Brasil a gente entende mais ali a língua e na Copinha eles ficavam muito perto, mas foi bom.

— Acaba sendo um aprendizado, porque no Brasil, o que você mais enfrenta estádio lotado com torcida adversária, em cima de você, te criticando, querendo que te desestabilizar. Então acho que eu reagi bem. Eu consegui me manter concentrado e fazer boas partidas, pude ajudar ao Vasco. Para essa já vamos mais preparados e vamos fazer uma boa competição, sem ligar muito para o externo.

Phillipe Gabriel já foi campeão sul-americano sub-17 e também campeão carioca pela base do Vasco. Um dos jogos mais marcantes dele foi um contra o Flamengo, no qual o goleiro fez um gol de cabeça no fim da partida. Phillipe garante que o fundamento da cabeçada vem do futevôlei, e não da herança do pai, que era zagueiro, mas ele valoriza o que aprendeu com Luiz Alberto.

— É verdade (que veio do futevolêi). A gente (ele e o pai) joga junto também, não é? Então ele acaba me passando muitas coisas ali. Isso também me ajuda muito, ter uma inspiração dentro de casa. Um cara que jogou em alto nível, que sempre vem me passando muitas dicas do que fazer dentro e fora do gramado, como se comportar. Isso sempre foi um passo à frente que eu tive desde mais novo.

A maior qualidade do goleiro, é claro, é embaixo das traves. Mas Phillipe Gabriel garante que é o melhor do futevôlei e do videogame na base vascaína. O “experiente” da garotada do Vasco sonha em brilhar no profissional, quem sabe ao lado de uma outra joia: Rayan. Os dois estão juntos no clube desde o Sub-11, e o goleiro projeta reeditar a parceria que já deu certo na base.

— A gente sempre tem um sonho. Eu vivi no Vasco. Acho que sempre foi minha segunda casa. Às vezes ficava mais no Vasco do que na minha casa. Na época da escola, eu chegava às 7h da manhã e saia só às 18h. Então não tem como a gente não ter esse sonho de jogar ali com São Januário lotado, com Maracanã lotado. Eu tenho mais contato com o Rayan. O Barros acaba sendo dois anos mais velho que eu. Não tem como a gente não se ver também jogando junto.

— A gente fez a base toda junto. Espero que eu possa ter essa oportunidade de jogar com o Rayan ali. Não tem como não ter esse sonho de jogar com São Januário lotado, de vestir essa camisa como profissional. Jogar um Campeonato Brasileiro, uma Libertadores… Então eu tenho esse sonho, sim. Trabalhar bastante para caso a oportunidade aconteça, estar preparado.

Fonte: ge

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