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Escolhido para ser liquidante do Master é procurado por oficiais de Justiça no banco

by admin

Eduardo Félix Bianchini, liquidante do Banco Master. Foto: reprodução

O imbróglio jurídico em torno da liquidação do Banco Master ganhou novos contornos nos dias que antecederam o feriado de Natal. Dois oficiais de Justiça estiveram na sede da instituição, em São Paulo, à procura do liquidante Eduardo Félix Bianchini, o que ampliou a expectativa de que ele venha a ser intimado para prestar esclarecimentos nos próximos dias. A visita ocorreu enquanto crescem as pressões políticas e judiciais sobre o processo conduzido pelo Banco Central.

Servidor aposentado do Banco Central, Bianchini foi escolhido pelo regulador para conduzir a liquidação do banco controlado por Daniel Vorcaro.

No momento da visita dos oficiais, porém, ele não se encontrava no escritório, pois passava o Natal fora da capital paulista, segundo a Folha. Ainda assim, o episódio passou a ser visto como um sinal de que o liquidante entrou no centro da disputa judicial que envolve o futuro do Master.

A defesa de Vorcaro tem buscado, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU), a anulação da liquidação. Com acesso integral aos dados da instituição, o trabalho de Bianchini deve detalhar todos os contratos e pagamentos feitos pelo banco, inclusive a escritórios de advocacia que atuaram em sua defesa. Esse ponto tornou o liquidante alvo direto das estratégias jurídicas do controlador do Master.

A possibilidade de Bianchini ser chamado a prestar esclarecimentos ganhou força após a defesa do banco alegar que o Banco Central teria usado o liquidante para obter informações internas da instituição já liquidada. A acusação consta de petição encaminhada ao ministro Jhonatan de Jesus, do TCU, conforme mostrou o portal Metrópoles.

Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. Foto: reprodução

No STF, o ministro Dias Toffoli determinou a realização de uma acareação entre Daniel Vorcaro e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB, com a presença do diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos. O procedimento está marcado para 30 de dezembro. Procurado, Toffoli negou, por meio de sua assessoria, que tenha partido dele o envio de oficiais de Justiça para intimar o liquidante, afirmando que, até o momento, apenas os três nomes já divulgados participarão da acareação.

Paralelamente, o ministro Jhonatan de Jesus tem pressionado em outra frente. Segundo relatos de servidores do TCU, ele tem restringido a atuação de técnicos da Audbancos, unidade responsável por fiscalizar bancos públicos e reguladores financeiros.

Jesus determinou que o Banco Central se manifeste sobre supostos indícios de precipitação na liquidação do Master. O processo foi colocado em sigilo, e a assessoria do TCU não respondeu aos pedidos de comentário até o fechamento desta reportagem.

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