A nova pesquisa EPO divulgada hoje ouviu aproximadamente 16 mil e setecentos eleitores entre os dias 18 e 29 de dezembro. Por ter sido coletada nos últimos dias do ano pode ser considerada um reflexo verdadeiro de 2025, que por sinal foi bem movimentado para a classe política do Maranhão.
Os números para o governo mostram que o prefeito de São Luís está estagnado na casa dos 34%, um detalhe que deve ser levado em consideração é que esse patamar é praticamente o mesmo apresentado nas pesquisas realizadas no decorrer do ano por diversos institutos. Ou seja, está claro que somente as suas redes sociais não são capazes de elege-lo governador.
Em segundo lugar está Orlean Brandão com 19,1%, o sobrinho do governador se manteve no mesmo percentual da recente pesquisa Atlas que balizou o PT nacional para as tratativas da crise na política maranhense, ou seja, se mostrou inviável depois de tanto investimento para alavancar seu nome e ainda possui barreiras intransponíveis nas pesquisas qualitativas.
Lahesio Bonfim aparece em terceiro lugar com 15,2%, também se manteve na média em todas as pesquisas durante o ano. O ex-prefeito de São Pedro dos Crentes ainda surfa no recall da eleição passada, porém perde parte do eleitorado da direita para o prefeito de São Luís e também para o sobrinho do governador, uma vez que sua família sempre foi bolsonarista com forte atuação no agronegócio.
Já o vice-governador pode ser considerado um grande vencedor do ano de 2025. Teve a sua pré-candidatura esvaziada pelo Palácio dos Leões, apanhou o ano praticamente todo da mídia aliada do governo e assembleia. Felipe Camarão chegou a estar perto dos 20% em pesquisas feitas no início do ano e mesmo com todo o bombardeio ele conseguiu fechar o ano com quase 13%. Na Pesquisa Atlas que balizou o PT nacional, quando seu nome é atrelado ao do presidente Lula, Felipe da um salto para 26% tornando o nome mais viável para ser o representante do campo progressista no Maranhão.
Na corrida pelo senado quem aparece na frente é o governador Carlos Brandão com 24,2%. Sem dúvidas um nome certo para uma das vagas. O governador depois das conversas não muito boas com o presidente Lula passou a ter a companhia da dúvida nesse mês de dezembro. Ciente de que Lula quer o grupo unido no Maranhão como pactuado em 2022 e com a certeza de que Felipe Camarão não renunciará, Brandão passou a ponderar o seu destino político, o projeto familiar de Orleans além de não agradar o presidente, também vem causando celeumas na família, de um lado um Marcus Brandão obcecado para eleger seu filho governador, do outro, o restante da família que ficará exposta e à mercê de um projeto inconsequente.
Outro ponto interessante da pesquisa foi o desmoronamento de Weverton Rocha para o quinto lugar com 9,6%. Depois do escândalo dos desvios dos aposentados, a pesquisa praticamente enterrou as pretensões do senador pedetista, que além de perder força em Brasília com a repercussão péssima em torno do seu nome e de quebra perdeu a utilidade para Brandão.
Na frente de Meu Preto está Roberto Rocha com 15,3%, seguido de Fufuca com 10% e Eliziane com 9,8%. Roberto Rocha deve dividir uma parte dos votos da direita com Hilton Gonçalo que já aparece com 3,4% e com Yglésio Moíses que tem 2,3%, isso se esse último for mesmo candidato a senador.
E no campo governista a disputa entre Fufuca e Eliziane pela chapa majoritária deve ocorrer de forma tranquila, ainda mais agora com o foguete caindo e se já tinha faltado combustível em 2022, imagina agora que a sangria do INSS foi suturada e com o arrocho nas emendas pix?
Que venha 2026.
