Esportes olímpicos e direitos de transmissão de jogos levam presidente do Flamengo a Brasília
O ano de 2026 será muito importante para o Flamengo, que é o atual campeão da Libertadores e do Brasileirão. Contudo, o Mais Querido também está de olho no âmbito político, especialmente em Brasília por causa das eleições.
Isso porque o Rubro-Negro acredita que o mandatário do clube, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, precisa agir de forma antecipada. Um dos assuntos mais relevantes é um conjunto de proibições aplicadas à Lei Geral do Esporte.
Como a Lei Geral do Esporte afeta o Flamengo?
A legislação passou a valer em 2023 com diversas proibições feitas pelo governo. Contudo, o Congresso ainda precisa votar se aceita ou derruba centenas desses vetos, o que afeta principalmente as modalidades olímpicas.
— Vamos ter uma atuação importante em Brasília em 2026. Tivemos uma postura de apenas reagir neste ano, mas no próximo seremos mais ativos. Há vários pontos da lei que foram bloqueados por este governo -, afirmou Bap durante a apresentação das contas do clube.
O gestor se refere ao pedido de fim da cobrança de tributos sobre a compra de equipamentos e materiais esportivos modernos trazidos de outros países. Assim, o Mengão e os demais clubes pagariam menos para alimentar o setor amador.
O que mais o Flamengo pretende fazer em Brasília?
Nos últimos anos, o Mais Querido participou de discussões políticas importantes, como o programa de parcelamento de dívidas (Profut). A norma dá ao mandante o direito de vender a transmissão das partidas e, recentemente, trouxe mudanças nos encargos para clubes tradicionais e SAFs.
— Existia uma proposta para que o clube social pagasse 11% de tributos e a SAF apenas 5%. O modelo tradicional pagaria mais do que a empresa? Foi uma briga difícil, com conversas pesadas. No fim, ficou decidido que ambos pagarão 5%. Isso acaba com a história de que ser SAF é obrigatoriamente melhor. O que importa é a qualidade da gestão -, explicou Bap.
Nos bastidores, o Flamengo possui bons contatos com parlamentares do partido Progressistas. As parcerias ajudaram na negociação recente sobre os impostos. O ex-presidente rubro-negro Eduardo Bandeira de Mello é deputado federal pelo PSB, mas não simpatiza com a atual liderança.
